Recentemente entre os dias 30 e 31 de março a Sega realizou um evento chamado Sega Fes 2019 no Japão que contou com alguns anúncios novos como jogos das Olimpíadas de 2020 em Tóquio, incluindo Mario & Sonic, um novo Sakura Wars e o lançamento mundial do Mega Drive Mini com 40 jogos, revelando assim os dez primeiros.
No entanto eu não vim para falar sobre isso, mas sim sobre um momento épico que aconteceu durante a transmissão ao vivo. A Sega resolveu comemorar o aniversário de 25 anos de seu console Sega Saturno com o retorno de um ícone que fazia propaganda para a empresa na época, cantando sua música tema: Segata Sanshiro.
Segata Sanshiro é um personagem criado pela Sega para promover o Saturno no Japão nos anos 90 e ele é interpretado pelo ator Hiroshi Fujioka, um ex-Kamen Rider, o que por lá vale mais do que um ex-primeiro-ministro. Ele ficou tão popular que até ajudou as vendas do console na época e chegou a gravar até um CD com seu tema. Se você ainda não o conhece dê uma olhada no vídeo abaixo.
Uma amiga me mandou esse canal de animação bem bacana chamado "64 Bits" no YouTube, que conta com 3 animadores holandeses fazendo videos legais sobre jogos. Ele se sustenta através de um Patreon, um sistema de financiamento coletivo em dólares que às vezes é difícil para nós brasileiros apoiarmos, especialmente quando o dólar chega aos R$ 4...
A animação em questão que eu queria mostrar se chama "Super Smash Heaven", uma brincadeira com a série rítmica pouco conhecida Rhythm Heaven da Nintendo, às vezes também lembrada pelo nome original japonês Rhythm Tengoku. A animação mostra como seria o processo de desenvolvimento de Super Smash Bros. Ultimate através dos minigames de Rhythm Heaven.
Para quem não conhece a série, Rhythm Heaven apresenta minigames curtos e rítmicos no qual o jogador meio que não sabe como é a jogabilidade de início. Ele funciona de uma maneira mais instintiva, na qual sons e gráficos demonstram um ritmo e o jogador tenta acompanhá-lo naturalmente. É bem difícil de explicar, mas fácil de sentir.
Eles têm outros vídeos no canal, mais curtos, sobre jogos como God of War, Metroid, Pikmin, entre outros. Talvez você até já os tenha visto antes pela fantástica animação de Dark Souls no estilo de Cuphead que percorreu vários sites de videogame antes.
Earth Defense Force 5 é o mais novo capítulo pra PlayStation 4 de uma série de games meio tosca e escrachada da produtora japonesa Sandlot que surgiu como um minigame simplista no PlayStation 2 e desde então vem tomando proporções maiores. Eu sou fã da franquia há algum tempo, explodir alguns alienígenas é incrivelmente divertido, mas ainda assim não esperava que EDF 5 fosse me surpreender tanto.
A primeira vez que eu vi EDF 5 não me parecia muito impressionante, estava muito parecido com EDF 4, que sim é um ótimo jogo, mas não precisa de uma sequência igual. Havia alguns novos inimigos humanoides e eu até tinha medo que eles talvez não combinassem muito com o estilo do jogo. Então eu finalmente tive a oportunidade de jogar e o choque foi enorme. É facilmente o melhor EDF da série.
Aliens estão invadindo... de novo
A história é uma espécie de reboot, algo que sempre acontece na franquia após alguns jogos. Para os personagens a Terra está sendo invadida pela primeira vez, é o primeiro contato da humanidade com aliens, a primeira vez que insetos gigantes invadem as ruas. Curiosamente eles nunca são chamados de "insetos gigantes" como em outros jogos da série, mas de "Monstros". Alguns inimigos e essa atmosfera lembram os de Earth Defense Force 2 (disponível no PS Vita).
Você encarna o papel de um civil que estava visitando a sede da EDF, uma organização militar preventiva cuja função é ser a última linha de defesa da Terra em casos de emergência. Durante sua visita subitamente uma emergência real acontece e o mundo começa a ser invadido por alienígenas, veja só que coincidência. Você se torna um recruta "noob" ao lado de soldados treinados e aos poucos mostra seu potencial. Vale lembrar que você não interpreta o herói "Storm 1" dos jogos anteriores, mas ainda há uma ligação conceitual com essa ideia.
Os inimigos da vez são os Primers, alienígenas humanoides cinzentos. Eles também utilizam numerosas formigas, aranhas e vespas gigantes, o que aparentemente são exércitos de baixo custo já que vários aliens diferentes os utilizam através da série. Há versões reimaginadas de inimigos anteriores como drones e robôs trípodes. Sapos-bois voadores substituem os antigos dragões... uma frase que eu não achei que ia dizer hoje. Há também uma espécie de barata gigante que vira bola, como se fosse um tatuzinho coró de Gião, a qual eu acho que vem de Earth Defense Force 2.
O destaque entre os inimigos fica para as duas novas criaturas humanoides. Uma delas parede um sapo gigante, acredito que uma espécie escravizada pelos Primers, e a outra são os próprios Primers, os aliens cinzentos. Diferente dos monstros, eles carregam armas, são inteligentes, se escondem nos prédios e agem de maneiras que surpreendem o jogador. Eles adicionam uma dose extra de desafio que realmente combina com EDF 5.
A grande sacada da série Earth Defense Force está na escala das batalhas. São sempre centenas de inimigos atacando ao mesmo tempo. Diferentes tipos, diferentes comportamentos, agitando a ação. Quando não são monstros numerosos são criaturas gigantes, capazes de pisotear o jogador e que normalmente exigem um robô gigante para serem enfrentadas.
EDF! EDF! EDF!
A estrutura básica de EDF 5 lembra bastante o da série Diablo, se o jogo da Blizzard fosse de ação. Inicialmente o jogador tem quatro classes para escolher: Ranger, o soldado raso e mais simples classe, a experiência mais pura de EDF, já que foi com ele que tudo começou; Wing Diver, uma classe de média complexidade com guerreiras voadoras que usam a mesma barra de energia para atirar e voar; Air Raider, outra classe complexa especialista em combate indireto com bombardeios e veículos; e por último o Fencer, a classe mais difícil de jogar, basicamente o tanque do time.
O game consiste de 111 missões, a maior campanha de EDF até hoje, com cinco níveis de dificuldade cada: Easy, Normal, Hard, Hardest e Inferno. Ao jogar em cada nível de dificuldade você ganha equipamentos melhores que permitem avançar para o próximo nível de dificuldade e ganhar equipamentos ainda melhores em um ciclo viciante. Além de novos equipamentos o jogador acumula também "armadura" que seria o HP do jogo. Todas as caixas vermelhas coletadas durante as missões aumentam um pouco seu HP permanentemente e com mais resistência você pode aguentar missões mais difíceis.
As duas principais diferenças que mudam muito o jogo e não dava pra ver nos vídeos é que o sistema de armas mudou. Agora além de receber novas armas as que você já tem sobem de nível. Isso significa que às vezes você não precisa de uma nova arma para conseguir passar de uma fase, um upgrade pode ser o empurrãozinho que faltava. A segunda diferença é que agora mesmo quando você morre, ainda ganha uma porcentagem dos itens, 75% no Normal, 50% no Hard 25% no Hardest e apenas no Inferno uma derrota significa não ganhar nada.
As maiores novidades foram para a classe Ranger, que agora tem uma corrida que permite tanto escapar do perigo quanto coletar mais itens por área, e a capacidade de invocar veículos. Anteriormente apenas o Air Raider podia invocar veículos, então muitas vezes ele era o herói da história com seus veículos poderosos. Agora eu também roubo os holofotes às vezes. Para invocar veículos é preciso matar uma certa quantidade de inimigos para cobrir seu "custo" e então chamá-los por suporte aéreo.
A adição de veículos realmente deixa o jogo mais leve e divertido. Em uma missão um personagem me diz que a cidade está infestada de inimigos e teremos que ser sorrateiros para que não nos vejam. Ao invés disso eu invoco uma moto e passo arrebentando todos eles sem que consigam me pegar. Vale dizer no entanto que os veículos ainda são um pouco difíceis de controlar.
Talvez uma coisa que você já saiba sobre EDF 5, por ser uma das características mais faladas da série, é que toda a cidade pode ser destruída. Isso afeta um pouco a jogabilidade, pois você começa o jogo usando prédios como proteção e no final já está demolindo todos pelos motivos mais bobos como simplesmente estar na frente da sua linha de tiro ou algum inimigo estar escondido atrás dele.
Enquanto os inimigos bípedes são uma ótima adição ao jogo, há um detalhe que é simplesmente fenomenal e eu não imaginaria que seria adicionado nem nos meus sonhos mais loucos sobre EDF. A Sandlot trouxe para Earth Defense Force 5 o sistema de dano aos membros do jogo Zangeki no Reginleiv, um game desconhecido mas genial da produtora para o Wii que não saiu fora do Japão e era mais ou menos nos moldes de EDF.
Como funciona esse sistema? Os inimigos bípedes podem sofrer dano individualmente nos membros. Tiros são capazes de arrancar pernas e braços. O jogador pode diminuir a mobilidade de um inimigo ao lhe arrancar as pernas ou anular sua capacidade de atacar ao remover seu braço que segura a arma. Por último a cabeça sofre mais dano que o resto do corpo e ao atacá-la é possível matar um inimigo mais rápido. Isso adiciona belíssimas estratégias ao jogo e nunca me pareceu que os elementos dessas séries se cruzariam.
Monster! Giant monsters!
Visualmente, EDF 5 dá um upgrade na antiga engine de EDF 4.1. Basicamente, o EDF 4.1 parecia um jogo da geração passada com novos efeitos, rodava meio lento. Em EDF 5 dá pra ver que muita coisa foi refeita e o jogo começa rodando leve como se fosse da atual geração. Eventualmente há slowdowns, mas o lance em EDF é que eles são charmosos, como nos clássicos jogos de NES, o jogo está mais caótico do que nunca e há tanta coisa acontecendo na tela que você sente que o ele está no seu limite.
Formigas, aranhas e vespas agora tem um tipo de carapaça que você vê se despedaçar quando recebem tiros. Há um novo sistema de respingo de sangue que também pinta a cidade inteira de várias cores conforme você mata as criaturas, parece uma partida de Splatoon. Os Primeirs usam também armaduras, que podem ser despedaçadas para revelar os membros que podem ser danificados.
Há mais variedade no clima das batalhas, como estágios noturnos onde fica mais difícil enxergar. No entanto as cavernas onde era impossível enxergar sem luz foram removidas, uma decisão difícil que tem suas vantagens e desvantagens. Há mudanças climáticas como chuva, que não afeta muito, e um nevoeiro e tempestade de areia que prejudicam bastante a visibilidade e impossibilitam o uso de snipers.
A música está um pouco melhor, com uma atmosfera mais de filme classe B do que nunca. Me lembra um pouco a trilha sonora de EDF 2 também. Enquanto a dublagem está boa, eu senti falta de alguns personagens extremamente carismáticas de Earth Defense Force 4. Ainda assim ela consegue dar uns bons murros emocionais nas missões mais avançadas.
Multiplayer
Uma das maiores qualidade que cresceram com EDF conforme mais jogos da franquia foram sendo lançados é o multiplayer. É possível jogar em tela dividida com um amigo ou se unir a outros três defensores da Terra no modo online. Neste modo inimigos são mais fortes e normalmente há limites sobre qual equipamento pode ser usado de acordo com o nível de dificuldade.
Ainda assim é comum que jogadores mais experientes topem carregar novatos para que eles consigam melhores armas cedo no jogo. EDF tem uma comunidade online fantástica que parece se espelhar nos próprios temas da série de camaradagem e nunca desistir. Isso cria um espírito de equipe quase instantâneo que não se costuma ver em outros jogos.
Conclusão
Earth Defense Force 5 foi uma grata surpresa, mais do que eu poderia imaginar. Esperando apenas por um pacote de expansão do quarto jogo com mais do mesmo, certa acomodação e perda de tato da empresa, a Sandlot provou que ainda bate um bolão. Eu senti que faltou uma conclusão mais forte no fim do jogo, um final melhor, mas ainda houve momentos durante a campanha que foram de arrepiar e vão ficar tão marcados comigo quanto os finais dos outros jogos. Não importa o tamanho do inimigo ou das chances, the EDF deploys.
Um novo jogo da série Shantae foi anunciado para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch, PC e o recém-revelado serviço Apple Arcade. Chamado apenas de "Shantae 5" por enquanto, o anúncio foi feito bem de leve no twitter da produtora Wayforward, responsável pelos outros capítulos da série. O jogo sairá ainda em 2019
Aqui está uma questão curiosa, eu gosto bem menos de Shantae do que a maioria dos fãs costumam gostar. Eu não acho os personagens esse poço de carisma que alguns acham, não acho os primeiros jogos tão geniais, acho eles até bem frustrantes, mas tenho acompanhado a série durante todo esse tempo e tenho visto ela crescer.
Quando a empresa abriu um Kickstarter para o quarto jogo, Shantae Half-Genie Hero, eu já achava que não iria gostar dele. Havia um histórico de três jogos de Shantae que eu não gostava e Half-Genie Hero provavelmente seria um jogo voltado para quem gostou dos anteriores. Apoiei mesmo assim.
Shantae: Half-Genie Hero foi uma enorme surpresa, pois consertou praticamente todos os defeitos dos jogos anteriores e foi em uma direção diferente dos outros jogos. Finalmente se ergueu como um dos grandes, um jogo que eu posso recomendar para todo mundo sem medo de que não gostem, algo que não dava pra fazer com os anteriores.
Porém, Shantae 5 volta a ser uma incógnita para mim. Será mais puxado para os três anteriores? Provavelmente, boa parte do público deve ter reclamado da nova direção. Ainda sobrarão coisas suficiente de Half-Genie Hero para que eu goste do jogo? Por ora isso é um mistério. Então estou animado com o jogo até que veja os primeiros vídeos e possa tirar a dúvida.
Como por enquanto ainda não saiu nada sobre esse novo Shantae, vou deixar aqui só o canal da Cristina Vee, que é a cantora que deu voz à música tema "Dance Through the Danger" do Half-Genie Hero e muitas vezes não é reconhecida. Ah e para comemorar o anúncio eles também deram um bom desconto no jogo em todas as lojas, deem uma conferida.
Lembram que a Microsoft também anunciou um vídeo de anúncios depois da Nintendo Nindies e do State of Play da Sony? O vídeo dela é chamado ID@Xbox Game Pass e foca-se mais em games independentes, especificamente alguns que vao entrar no Game Pass desde seu lançamento.
Temos apresentadores semelhantes ao Nintendo Nindies, porém com mais espaço para os desenvolvedores. No início eu achei legal colocar os desenvolvedores para falarem de seus jogos, mas eles enrolam um bocado e apesar de ser um vídeo curto de 13 minutos fez eu me sentir vendo algo de meia hora.
Normalmente eu não linko o vídeo inteiro, só os vídeos dos jogos individuais, mas a Microsoft nem mesmo postou os vídeos de todos os jogos no seu canal do YouTube, então melhor que vejam por aqui alguns deles. Alguns canais fizeram cortes da apresentação, mas esse tipo de vídeo é mais temperamental e pode sair do ar com o tempo.
Killer Queen Black
Um jogo multiplayer com gráficos 2D oito bits que parece uma partida de Towerfall com 4 pessoas. Eu não acho que gráficos 2D tão pequenos funcionem bem para jogos multiplayer onde você tem que estar tão ciente de tudo. Dois times com quatro jogadores se enfrentam com diferente classes de abelhas humanoides e há diferentes formas de vencer, seja por confronto direto, por coleta de itens ou... lesma? Não entendi essa. Sai para Xbox One, Switch e PC no terceiro trimestre de 2019.
Outer Wilds
Este é um jogo um pouco estranho de exploração espacial que tem algo que eu particularmente gosto: looping de tempo. Há algum grande mistério sobre por que esse universo está em looping (não é sempre um buraco negro?) e você precisa explorar sempre com essa limitação de que tudo voltará atrás e só o seu conhecimento permanece. Infelizmente parece focado demais na narrativa e um pouco chato de jogar. Será lançado para Xbox One e PC, ainda sem data.
Cinco jogos, quatro caixas
Na sequência houve um vídeo com um pouco sobre cinco jogos: Void Bastards, Operencia, Supermarket Shriek, The Good Life e After Party. Também foram sorteados quatro Xbox personalizados desses jogos, exceto por The Good Life, para quem tweetasse sobre o evento. Note que nem Nintendo nem Sony costumam fazer sorteios para se promover nesses casos, uma das vantagens do cheat de dinheiro infinito da Microsoft.
Void Bastards
O primeiro deles foi Void Bastards, um jogo que eu gostei bastante. O visual em cel-shading com cores vibrantes é muito agradável e o combate parece simples de começar e cheio de elementos para se aprofundar. Em alguns momentos o jogo pareceu excessivamente complicado em seu balanço entre ação e estratégia mas ainda parece muito bom. Sai ainda esse ano para Xbox One e PC.
Operencia: The Stolen Sun
Eu até queria olhar para Operencia com bons olhos, pois é da Zen Studios e eu gosto bastante da companhia, porém não tá com cara de que vai ser algo muito fora do comum. Basicamente é um dungeon crawler com movimentação predeterminada por blocos, no estilo de séries como Etrian Odyssey. É um pouco básico demais e para piorar o jogo só sai em 2020 no Xbox One e PC.
Supermarket Shriek
Uma divertida corrida em um carrinho de supermercado pilotado por um garoto e um bode que controlam o movimento do carro de acordo com o quanto se inclinam individualmente. Visualmente o jogo é agradável e o conceito parece divertido, porém também não é nada muito profundo e não imagino durando mais do que um dia ou como um party game leve. Ele sai no verão norte-americano, nosso inverno, para Xbox One, PlayStation 4 e Switch.
The Good Life
Este é um jogo de aventura bem charmoso que estou esperando mesmo que não seja tão bom. Houve um bocado de polêmicas ao redor do seu desenvolvimento com kickstarters, criadores nervosos, entre outros. O jogo segue a história de Naomi, uma jornalista falida de Nova York que se muda para a cidade britânica do interior chamada Rainy Woods. Aos poucos o jogador trabalha documentando as notícias da cidade e desvenda seus mistérios, como o fato de que durante a noite todos viram cães e gatos. O jogo sai no final do ano para Xbox One, PlayStation 4 e PC.
Afterparty
Aqui temos o jogo mais bizarro da apresentação, então terei um pouco de dificuldade de descrevê-lo. Afterparty é um jogo de aventura sobre Milo e Lola, dois amigos de faculdade que subitamente morrem e vão parar no inferno. Para voltar à Terra eles precisam desafiar e vencer Satã em um duelo de quem bebe mais.
Não entendi bem como o jogo anda, mas presumo que o jogador vá construindo resistência ao álcool em vários bares antes de enfrentar Satã. O jogo parece focado demais na história, com a maior parte do conteúdo focada em acessar diálogos e ponderar sobre qual o significado da amizade... *suspiro* eu achei bem chato. Ele sai em 2019 para Xbox One e PC.
Blazing Chrome
O mais novo jogo brasileiro da Joymasher, estúdio criador de títulos como Oniken e Odallus. Enquanto estes dois últimos não faziam muito o meu gosto, Blazing Chrome parece incrível e muito promissor. A jogabilidade segue a vibe do clássico Contra: Hard Corps de Mega Drive, um jogo repleto de ação com reviravoltas constantes na forma de jogar.
Conclusão
O evento da Microsoft mostrou alguns jogos bons, mas foi bem mais aleatório que uma direct. Alguns deles são multiplataforma, outros nem data de lançamento tem e a Microsoft estava mais focada no lance de "Quando lançar, vai estar no Game Pass". Acho que anúncios mensais com o que entra no serviço naquele mês são mais práticos do que anunciar com mais de um ano de antecedência que um Indie vai entrar no serviço quando sair.
Hoje a Sony realizou uma conferência em vídeo chamada State of Play para mostrar algumas de suas novidades e rapaz, deixe-me te contar como foi fraca. Assim que eles anunciaram a conferência os fãs da Nintendo ficaram um pouco agitados demais dizendo que seria uma cópia da Nintendo Direct, como se a Nintendo tivesse inventado a ideia de fazer vídeos para dar notícias.
Eu imaginei que seria algo mais focado em jogos Indies, como a própria Microsoft anunciou um evento semelhante recentemente. Então qual não foi minha surpresa quando o vídeo começou e realmente era uma cópia descarada da Nintendo Direct, porém com uma seleção bem ruim de anúncios. Foram quase 20 minutos de pura chatice. Eu não esperava nada e ainda assim saí desapontado.
Por algum motivo a Sony decidiu focar 90% do tempo do vídeo em títulos para realidade virtual. Alguns deles são bons e têm bastante apelo, como é o caso de Iron Man VR, porém o público que estava assistindo não era apenas de consumidores de VR ou de pessoas esperando para serem convertidas. Se ela não pretendia anunciar uma versão barata e acessível do PSVR nos moldes do Nintendo Labo: VR Kit, não tinha razão para fazer uma conferência inteira voltada para isso.
Após o vídeo a Sony chegou a soltar um dado que o PSVR já vendeu 4,2 milhões de unidades no total, o que é bastante para um visor de realidade virtual. No momento a Sony é dona da maior empreitada de realidade virtual de sucesso no mercado, mas a vasta maioria de seu público não quer saber disso. Vamos falar um pouco dos anúncios.
Iron Man VR
Assim que a conferência começou com algo sobre o Homem de Ferro muita gente se empolgou pensando que era o projeto d'Os Vingadores da Square Enix que após o anúncio oficial desapareceu. Porém quando foi revelado que seria apenas uma experiência em realidade virtual os ânimos se esfriaram. Parece uma experiência razoável, acredito que tenha um bom apelo comercial, mas fica por aí. Nesse momento o público ainda não estava muito revoltado. O lançamento de Iron Man VR está marcado ainda pra esse ano.
Crash Team Racing Nitro-Fueled
O remake de Crash Team Racing anunciou que Crash, Coco e o Dr. Neo Cortex receberiam skins que deixariam seus visuais semelhantes aos dos modelos clássicos do PlayStation One. São modelos charmosos, mas uma adição meio pequena para o vídeo. Não é como quando revelaram os modelos clássicos de Leon e Claire para o remake de Resident Evil 2 no auge da popularidade do jogo. Segundo a Sony esses modelos serão exclusivos do PS4, mas pode ser exclusividade temporária. Também mostraram um pouquinho do modo multiplayer. O jogo sai em 21 de junho para PS4, Xbox One e Switch.
No Man's Sky
É, de novo No Man's Sky em uma peça promocional da Sony, quem diria. A atualização No Man's Sky Beyond irá adicionar suporte ao PSVR. Anos atás se No Man's Sky tivesse sido o jogo que a maioria do público esperava, o anúncio de suporte ao PSVR seria um grande incentivo para comprar o acessório. Hoje em dia é quase uma piada pronta. Apesar disso ainda é legal ter um jogo de exploração espacial em VR. A atualização deve sair por volta de junho ou depois, no verão norte-americano e vai estar disponível para PC também.
Ready Set Heroes
Este não é para PSVR. Ready Set Heroes é um jogo estilo dungeon crawler bem genérico com personagens fofinhos e jogabilidade medíocre, o qual fica pior por um conceito que não condiz com sua apresentação. Trata-se de uma competição, dois times avançarão pelo mesmo dungeon ao mesmo tempo, competindo sobre quem pega o melhor loot e depois se enfrentam no final para ficar com esse loot. Basicamente, um jogo que poderia ser simples o bastante para jogar com amigos viraria uma competição onde ninguém se divertiria devido à pressão ou derrota. Sai ainda esse ano, por enquanto acho que confirmado só no PS4.
Blood & Truth
Para o PlayStation VR, Blood & Truth é na verdade um jogo de ação bem promissor para realidade virtual. A maioria dos jogos não coloca muita ação para não sobrecarregar o jogador, mas esse parece um bom simulador de filme de ação nos moldes de algo estrelado por Tom Cruise como Missão Impossível ou Jack Reacher. Só me faz pensar como faz falta um PSVR de baixo custo. Sai em 28 de maio no PS4.
Jogos Diversos
O evento então tirou um instante para uma sequência de jogos em VR menores: Mini-Mech Mayhem (18/6), Jupiter & Mars (22/4), Falcon Age (9/4), Trover Saves the Universe (31/5), Everybody's Golf VR (21/5), Table of Tales (16/4) e Vacation Simulator (18/6). Alguns até parecem legais, mas limitados por um único conceito como a maioria dos jogos de VR. Ao menos Vacation Simulator deve ser divertidíssimo como os outros da série.
Observation
Não para o PSVR. Aparentemente é um Indie da Devolver Digital desenvolvido pela NoCode que será lançado em 21 de maio para PS4 e PC, mas os gráficos estão um pouco bons demais para um indie então talvez tenha um dedo da Sony? Não sei dizer. O jogo se passa em uma estação espacial e uma curiosidade é que você não controla nenhum personagem mas sim uma A.I. que ajuda uma cientista a descobrir o que está acontecendo. Infelizmente esse tipo de jogo costuma se focar em contar uma história bem linear ao invés de oferecer uma boa experiência de jogo.
Five Night at Freddy's VR: Help Wanted
Ok, já tem um tempo que a febre de Five Nights at Freddy's passou, mas um jogo de realidade virtual no universo da série ainda é algo que funciona muito bem. Os novos gráficos em 3D fazem muito bem para o jogo e sustos em VR simplesmente é algo que funciona excepcionalmente bem. Sai no verão norte-americano para o PS4, deve sair no PC também.
Concrete Genie
Me parece o típico Indie que será aclamado pelas análises devido ao seu estilo artístico no qual você pinta criaturas nas paredes e elas ganham vida em um mundo mágico e maravilhoso anti-bullying. Pra mim só parece um jogo bem genérico, com visual que me lembra um "Infamous: Second Son" Kids sem maiores atrativos. Sai no final de 2019 para PS4.
Days Gone
Finalmente a Sony resolveu mostrar um jogo mais parrudo, mas... bem, é Days Gone né. Esse é um jogo que vai bombar, as pessoas já estão prontas para odiá-lo, público e crítica, mas eu pelo menos gosto do conceito da jogabilidade dele e estou ansioso mesmo sabendo disso. Talvez você se pergunte, por que tantos trailers desse jogo? Por que ainda não foi lançado? Realmente já foram muitos, mas isso é uma das coisas positivas que eu posso falar a respeito.
A Sony testou o jogo com focus groups/grupos focais e eles não curtiram o protagonista Deacon, acho que ninguém curtiu. Ele tentava demais ser durão e ficava antipático. Desde então eles estão retrabalhando o personagem para torná-lo mais relacionável... o que também não vai fazer uma grande diferença, mas ajuda um pouco o jogo que o seu protagonista não seja detestável, até para que você possa ignorá-lo.
A tarefa de salvar Days Gone do escrachamento que ele sofrerá é difícil, mas acho que se a Sony tivesse um pouco mais de vontade teria colocado um modo multiplayer nele. A Saber Interactive ofereceu toda a estrutura, mas a empresa recusou e acabou virando o jogo oficial de world War Z... o qual também tem cara que vai afundar. Days Gone sai em 26 de abril, esse é exclusivo do PS4.
Mortal Kombat 11
Eu não estou particularmente empolgado por Mortal Kombat 11 depois de Mortal Kombat X porque foi bem fraco, mas uma coisa eu admiro na NetherRealm. A história de MKX foi bem ruim, eles poderiam ter parado e ido em outra direção, ao invés disso eles estão buscando uma história mais próxima do que fez MK9 um sucesso, algo que envolva as raízes de Mortal Kombat, com a ideia de diferentes versões dos personagens através dos tempos. Eu posso não ligar para uma versão de um personagem atual, mas gostaria de ver o que o original tem a dizer sobre ela.
Mortal Kombat 11 sai em 23 de abril para PlayStation 4, Xbox One e PC. O Switch receberá uma versão feita por um estúdio terceirizado e não pela NetherRealm. Não sei se é um estúdio bom, mas até mesmo o PS Vita teve uma boa conversão de Mortal Kombat 9, então espero que façam um trabalho decente no Switch.
Falando rapidamente sobre uma notícia bem legal não relacionada com o State of Play, a NetherRealm recentemente anunciou Shang Tsung para o jogo com um modelo baseado no ator japonês Cary-Hiroyuki Tagawa que interpretou o personagem no primeiro filme de Mortal Kombat. O único problema é que o anunciaram como DLC e... bem, o jogo ainda nem saiu.
Conclusão
Foi um vídeo bem sem graça e a Sony parece ter tido uma ideia errada de que as pessoas assistindo seriam o novo público que ela iria converter para o PSVR. Os desafios da realidade virtual são complexos e exigem uma abordagem diferente. Se ela tivesse anunciado agora um kit PSVR Lite de baixo custo, acho que muitas pessoas teriam saído para comprar empolgados com os jogos apresentados. Se eu já não fosse tão ocupado talvez até comprasse um parcelado.
O que não era de PSVR não teve impacto e não fez valer o tempo que usuários não interessados em VR tiveram que esperar para ver. No geral, um desastre para uma primeira apresentação, era melhor ter focado no básico e mostrado alguns indies promissores.
Essa semana foi realmente recheada de novidades, talvez a maior tenha sido a entrada do Google no mercado de games, ou a expansão pra ser mais exato, com o anúncio de seu novo serviço de streaming "Stadia". Para quem não sabe, streaming significa que seu jogo não roda no seu PC, ele roda nos super PCs do Google e você apenas recebe uma transmissão ao vivo de tudo. Dá pra ver que não é uma coisa muito legal logo de cara.
O problema com streaming de jogos é muito semelhante ao problema que o Kinect e a PS Camera enfrentaram ao tentar bater de frente com o Wii Remote. Uma câmera, por melhor que seja, apenas pode reagir depois que algo acontece. Com o avanço da tecnologia supõe-se que podemos chegar a um atraso tão mínimo de milissegundos que possa se tornar quase imediato e eliminar a estranheza, porém até agora não temos isso.
A tecnologia de streaming local do PS4 para o PS Vita funciona perfeitamente, porque são duas plataformas próximas se comunicando entre si, sem problemas. Tente fazer isso pela internet e nada funciona direito. A tecnologia que a Sony comprou do Gaikai para a PlayStation Now é bastante limitada e constantemente considerada inferior à retrocompatibilidade do Xbox One que simplesmente permite que você baixe os jogos antigos fisicamente e os jogue.
Para alguns jogos streaming não é um problema, jogos que não requeiram reflexos rápidos. Porém pegue um jogo até mesmo simples como Rocket League e um atraso de milésimos de segundo é a diferença entre você acertar uma bola e você acertar uma bola... mas ela logo depois atravessar você como se você nunca tivesse estado na frente dela. Considere alguns dos jogos mais populares hoje em dia como Fortnite, Apex Legends, Call of Duty, todos sofreriam imensamente.
Alguma vez já jogou um jogo antigo e pensou "nossa, eu costumava ser muito melhor nisso"? Descartamos apenas como falta de prática, mas na verdade muitos jogos antigos hoje sofrem delays causados pela emulação e hardware diferente do original. Talvez você não esteja errado, os jogos realmente respondam mais devagar. Por exemplo, um NES Classic ou SNES Classic tem um tempo de resposta muito melhor que uma máquina de emulação caseira montada com base em um Raspberry.
Vamos ser sinceros, se qualquer outra empresa dissesse que vai lançar jogos por stream, ninguém ligaria muito. A Microsoft mesmo anunciou seu xCloud e não houve muito interesse. estamos prestando atenção porque é o Google. Normalmente o Google não brinca com tecnologias e tem poder suficiente para dar o máximo de suporte para o que interessa à empresa.
Por ora o serviço apenas vai ser lançado em alguns países mais ricos e de conexões melhores, o que já significa uma taxa de exclusão para a maior parte do mundo. Porém se funcionasse neles já seria um ponto de partida. O Google pode ter mais servidores, mais potentes e mais próximos do que a maioria das empresas poderia pagar. Se a internet de algum país fosse uma barreira, ele consegue até mesmo melhorar a conexão daquele país se tiver vontade.
Porém digamos que se tratasse apenas de uma questão de força bruta. Que o Google vai botar sua força ao máximo para fazer isso funcionar... faz sucesso onde funciona no mínimo de uma forma decente? No Japão as conexões são bem potentes e acessíveis com grande velocidade na maior parte do país e eles já tiveram experiências com jogos por Stream.
Lá foram lançadas versões de Dragon Quest X para o Nintendo 3DS por Stream, e mais recentemente o Nintendo Switch recebeu versões de Phantasy Star Online 2, Resident Evil 7 e Assassin's Creed Odyssey. Nenhum desses jogos fez sucesso, mesmo Dragon Quest X que é uma série de grande porte no Japão.
Por ora não há nada que sugira que o Stadia será algo excepcional, porém sempre há aquela ponta de mistério quando se fala de uma empresa tão grande quanto o Google. Eles têm portas diretas para 80% dos dispositivos móveis do mundo, como smartphones, e não têm medo de usá-las. não acredito que a tecnologia já tenha atingido um ponto em que possa ser considerada "boa o bastante" para o usuário final, então acredito que o Stadia fracassará a menos que algo mude ou o Google force extremamente a barra.
Nesta última semana a Nintendo apresentou uma de suas "Nindie Showcases", um vídeo de destaque para vários jogos independentes que serão lançados em breve. Houve duas enormes surpresas no início e no final da conferência respectivamente.
A primeira foi a revelação de que Cuphead, outrora exclusivo do Xbox One, seria lançado para o Nintendo Switch. A segunda foi a revelação de Cadence of Hyrule, um jogo rítmico que mistura Crypt of the NecroDancer com The Legend of Zelda. vamos falar um pouco de tudo que foi apresentado.
Cuphead
De longe a maior surpresa da conferência, uma quebra de paradigma no que diz respeito a consoles e seus exclusivos. Cuphead era um exclusivo do Xbox One, do tipo que a Microsoft investiu seu próprio dinheiro nele para garantir que fosse a única capaz de explorá-lo. Ainda assim ela resolveu agora lançá-lo no Nintendo Switch, fruto dessa relação estranha que ela e a Nintendo vêm tendo.
Isso é diferente de Minecraft que já estava disponível em várias plataformas quando a Microsoft comprou a série e nem sabemos se entre as cláusulas do contrato estavam algumas exigências sobre manter o jogo funcionando nas plataformas em que já estava. Isso é realmente uma empresa lançando um de seus exclusivos em outra plataforma. Halo no PlayStation 4! Mario no Xbox! God of War no Switch! Histeria em massa! Cães e gatos vivendo juntos!
Ok, tirando o choque da quebra de exclusividade, que não me entendam errado, é algo enorme, o quanto Cuphead funciona no Switch? Acho que não muito. Cuphead é um jogo que tem uma aparência bonitinha, mas que é também muito difícil, causando uma certa dissonância entre o que as pessoas que o compram esperam e o que recebem.
O problema é que a dificuldade do jogo não será mexida e se tem uma coisa que Cuphead precisava era de um rebalanceamento no desafio. Como o jogo é apenas de lutas contra chefes, se você bater em uma barreira de dificuldade simplesmente não há mais conteúdo a menos que você os supere. Normalmente há mais de um chefe para escolher enfrentar, mas às vezes tudo que está entre você e o resto do jogo é uma batalha que não consegue vencer.
Não que Cuphead não possa ser difícil, mas ele não precisa. A melhor parte dele não é sua dificuldade e ela acaba por excluir muitas pessoas por conta dessa barreira. O jogo tem um modo mais fácil porém claramente recrimina o jogador por usá-lo ao cortar as últimas fases das batalhas e não permitir que o jogo seja terminado nesse modo.
Tecnicamente parece que o jogo será bem convertido para o Switch a 1080p no modo console e 720p no modo portátil, mas sempre rodando a 60 FPS, o que é bem impressionante. O lançamento está marcado já para 18 de abril.
Overland
Estou bem em cima do muro sobre Overland porque vimos pouco do jogo. Eu adorei o visual e adoraria jogar algo naquele estilo, porém a jogabilidade em si parece estranha. Primeiro, é um jogo de estratégia em um mundo pós-apocalíptico, dois temas que não casam muito bem. Segundo, sinto que ele pode cair para algo mais próximo de um puzzle. Vou ficar de olho por enquanto sem um parecer definitivo. Sai no final do ano para Switch, PS4 e Xbox One.
My Friend Pedro
Este promete ser um dos jogos mais divertidos do ano, um jogo de ação que mais parece uma sessão de ação louca do Deadpool. Não é preciso falar sobre o jogo, basta assistir ao trailer e sentir. My Friend Pedro sai em junho para Switch e PC. Eu havia lido sobre uma versão para PS4, mas parece que foi um engano da Kotaku. Ainda assim tem cara que sairá para outras plataformas depois.
Neo Cab
Parece um jogo bem entediante no estilo Indie de foco na história acima de qualquer jogabilidade. Você dirige uma espécie de Uber futurista e interage com diversas reações tentando agradar seus clientes para receber boas notas, porém o foco mesmo com certeza está na história. Nada promissor. Sairá no verão norte-americano, nosso inverno.
The Red Lantern
Visualmente, The Red Lantern é exatamente o que eu adoraria jogar, algo refrescante para os olhos, com um visual belíssimo e uma localidade única. Na prática, eu senti que o jogo parece muito mais focado em uma narrativa e eventos scriptados do que ele deixa transparecer. Aparentemente há elementos de sobrevivência, mas não estou muito convencido.
Este é o primeiro jogo do estúdio e essa história me lembra muito a de Firewatch e como ele acabou saindo um jogo super linear. The Red Lantern sai ainda esse ano para o Nintendo Switch e por enquanto é bem difícil encontrar informações sobre ele, mas apostaria que pelo menos para PC também deve sair.
Darkwood
Darkwood é um jogo meio rogue de terror com visão aérea e bem bacana. Você tem sua base, a fortalece, monta armadilhas e explora o mundo ao seu redor em busca de mais suprimentos. Eu gosto desse estilo de sobrevivência rogue, mas quando vou passar tanto tempo assim em um jogo eu prefiro que ele não seja tão sombrio. Porém sem dúvida há público para isso, como é o caso de The Forest.
Curiosamente Darkwood é o único jogo que não teve o vídeo publicado no canal oficial da Nintendo
Ele sairá em maio para Nintendo Switch, mas já está disponível para PC. Uma coisa legal é que o criador do jogo o colocou de graça a versão para PC para quem não puder pagar em um torrent no Pirate Bay sem DRM (proteção de cópia). Ele apenas pediu que se as pessoas gostarem e puderem pagar que comprem o jogo em uma das lojas oferecidas.
Katana Zero
Há vários jogos nesse estilo particular de Katana Zero como N++, Mark of the Ninja e Not a Hero, uma ação 2D lateral em que você precisa eliminar inimigos rapidamente de certas formas para continuar sobrevivendo. Não sou muito fã desse estilo de jogo, acho que algumas pessoas gostam, mas definitivamente não é uma jogabilidade que eu enalteceria. Sai em 18 de abril no Switch e já está disponível para PC.
Rad
Parece um jogo divertido inicialmente, mas há algo nele que não cheira muito bem. Rad parece que vai ser um jogo leve, com um pouco de ação auto-consciente de sua superficialidade, mas aos poucos cruza perigosamente essa linha que separa o descompromissado do desleixado. Parece ser um jogo de baixo custo que não realizará seu potencial de ser algo simples e divertido. Sai no verão norte-americano, nosso inverno, para Switch e PC. Talvez haja mais plataformas porque não consegui achar informações suficientes sobre ele.
Creature in the Well
Apesar de visualmente até ser promissor, lembrando um pouco Hyper Light Drifter, esse Creature in the Well desaponta um pouco. Seria em teoria um jogo de ação porém com elementos de pinball que funcionam quase como quebra-cabeças. Parece um gimmick para justificar a existiência do jogo e que simplesmente não se sustenta por mais do que alguns minutos. Creature in the Well sai também no verão norte-americano, nosso inverno, para o Switch e PC.
Bloodroots
Mais um que gosto do visual, vejo alguns defeitos, mas diferente dos outros acho que se salvará. O jogador controla um personagem chamado Mr. Wolf que sai por aí matando todos em seu caminho usando o cenário como arma. Sinto que falta um pouco de variedade e espontaneidade para que não vire um quebra-cabeça de matar os inimigos com as armas certas, mas acho que ainda se salva.
A ação é frenética e a forma como o jogador sai matando um inimigo atrás do outro com o que vai encontrando pela frente chega até a me trazer uma vibe de Hotline Miami. Espero que esse realmente vingue. Bloodroots é outro que vai ter lançamento no verão norte-americano, inverno aqui, para Switch e PC.
Pine
Digamos que Pine é um jogo de aventura genérico tentando muito não parecer um jogo de aventura genérico. Sua jogabilidade parece bem fraca, um pouco amadora até, mas o jogo tenta tirar o foco ao dizer que o principal é a aventura, a exploração, facções brigando entre si por comida, etc. Uma dica é que se um jogo não faz bem algo tão simples quanto bater em um inimigo, muito provavelmente seus sistemas mais avançados não são tão bons quanto as promessas sugerem.
Vale a pena dizer que às vezes simplicidade pode passar por genérico, então eu poderia estar enganado. Porém acredito que o menu de itens do jogo é o que realmente o denuncia, algo pouco intuitivo e desnecessariamente complexo que não combinaria com simplicidade. Ele sai em agosto para o Switch e sairá também para PC porém não há uma data ainda no Steam. Pode ser em agosto também e a página apenas estar desatualizada.
Vlambeer Arcade / Nuclear Throne / Super Crate Box
O estúdio Vlambeer teve direito a um pequeno bloco na apresentação para falar de três jogos. Não há tanto o que falar sobre eles, então vamos aos poucos. O único anúncio de um jogo novo foi "Vlambeer Arcade", uma coletânea de minigames que receberá atualizações mas não parece nada promissora. A Vlambeer sabe criar bons conceitos e jogabilidades, mas eu quero vê-los em jogos completos, não minigames. O primeiro dos minigames será "Ultra Bugs" e sai ainda esse ano.
Nuclear Throne é um jogo um pouco antigo de 2015 para PlayStation 4, PS Vita e PC que recebeu um port no dia da conferência para o Switch. Apesar de tão antigo curiosamente eu nunca o joguei, acabei optando por "Enter the Gungeong" (os dois parecem semelhantes), mas ele parece bom. Já Super Crate Box sai em Abril e é basicamente um minigame também, muito divertido, mas que não dura mais do que algumas horas de entretenimento.
Swimsanity!
Há coisas que inicialmente eu até gosto em Swimsanity! como uma jogabilidade de tiro cooperativa, mas há um clima estranho de baixo custo e cara de que o design é bem limitado e deixará o jogo sem graça. O lançamento está marcado para o verão norte-americano, nosso inverno para Switch, com uma versão PC planejada para a primavera norte-americana, porém talvez essa data esteja só desatualizada.
Blaster Master Zero II
Criado pela Inti Creates, que é um bom estúdio, Blaster Master Zero II é um novo jogo na série e não um remake como o primeiro Blaster Master Zero. A jogabilidade provavelmente será ótima e não duvido que ela seja muito divertido, porém o visual do jogo me incomodou um pouco. Ele utiliza gráficos em 8 Bits e acho que era um jogo que realmente se beneficiaria de um upgrade visual. O jogo foi lançado no mesmo dia da conferência para o Switch.
Stranger Things 3: The Game
O jogo baseado na terceira temporada da série Stranger Things já estava anunciado há algum tempo para Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One e PC, mas agora foi confirmado que ele chegará em 4 de julho, junto com a série na Netflix. Eu gostei bastante da primeira temporada de Stranger Things e acho que esse jogo tem potencial para ser uma boa companhia para a série. No entanto eu realmente gostaria que lançassem também o anterior, que ironicamente tinha charmosos gráficos em 8 Bits.
Cadence of Hyrule
A última surpresa da Direct, apesar de não ter sido mais chocante que Cuphead, ainda foi bastante inesperada. O início do trailer dá a entender que é um novo jogo da série Crypt of the NecroDancer, o qual eu até gostei apesar de não ser tão bom em administrar ritmo com jogabilidade e surpreendentemente consegui zerar, algo que eu achei que não conseguiria.
Porém depois entram elementos de The Legend of Zelda... e aí eu realmente não gostei muito. Se fosse Crypt of the NecroDancer 2 provavelmente eu compraria, mas Cadence of Hyrule me parece um mau uso da franquia The Legend of Zelda. Os remixes das músicas de Zelda são bons, gosto do visual dos gráficos que me lembram um pouco o GameBoy Advance porém com sprites maiores, mas por que Zelda?
O próprio título dá mais destaque para Cadence, o que dá a impressão que é um Crypt of the NecroDancer com conteúdo especial de Zelda, quando deveria no mínimo ser um jogo original de The Legend of Zelda com a jogabilidade de NecroDancer para ser aceitável. Não é uma questão de semântica. Mesmo que involuntariamente, Cadence é a protagonista do jogo, Link e Zelda são seus ajudantes.
A ideia de aplicar uma jogabilidade já existente na franquia The Legend of Zelda funcionou muito bem em Hyrule Warriors. No entanto como participações especiais é mais fácil Link e Zelda estragarem o equilíbrio da jogabilidade de Crypt of the NecroDancer do que terem a experiência moldada ao seu redor. Cadence é a personagem padrão e se você jogou o original dá pra notar como Link e Zelda são fortes demais em relação a ela.
Definitivamente Cadence of Hyrule foi uma viagem desnecessária ao poço de The Legend of Zelda.