quinta-feira, 3 de março de 2016

Review: Dying Light - The Following


Dying Light foi um dos meus jogos preferidos no início dessa nova geração, já que discutivelmente foi um momento em que você realmente podia sentir que um salto havia sido dado em relação à geração anterior. Dos mesmos produtores de Dead Island, ele começou com uma certa cara de clone melhorado, mas surpreendeu bastante com um jogo viciante e bem equilibrado entre desafio e crescimento. Eu daria facilmente uma nota 9 para Dying Light pois foi um jogo que eu terminei com vontade de continuar jogando.

Agora um ano depois esse desejo foi realizado com The Following, uma expansão que adiciona tanta coisa, mas tanta coisa, que é quase uma sequência, porém com preço de DLC. Não é preciso me conhecer muito para saber que eu odeio DLC, pois normalmente ele é conteúdo cortado antecipadamente do jogo para vender depois. No entanto, The Following tem a pegada das clássicas expansões de jogos de PC dos anos 90, toda uma nova aventura criada em cima de outra já existente para quem está com fome de mais.

Vamos pro culto

A história se passa logo após o final de Dying Light, na cidade fictícia de Harran. Um apocalipse zumbi estourou e um grupo de sobreviventes está preso sem perspectiva de cura, quando convenientemente escutam falar sobre um culto misterioso que parece estar livre da infecção. Cabe aos jogadores se infiltrarem nesse culto, ganharem a confiança e descobrirem se há como salvar seus companheiros.

No início o enredo parece apenas largado lá como uma desculpa para convencer o jogador a fazer missões, porém ele evolui bem e vai se tornando intrigante conforme você começa a presenciar os atos inexplicados do culto, como pessoas andando no meio dos zumbis sem serem atacadas. Vale dizer que a conclusão da história não é totalmente satisfatória, mas não chega a tornar a jornada menos interessante.

Você teria 1 minuto para ouvir a palavra do Solzinho dos Teletubbies?

Zumbilândia

A primeira coisa que você nota ao começar a expansão é que você tem toda uma nova área para explorar, maior do que as outras duas do jogo original somadas. É algo para se olhar e simplesmente dizer "Uau". Para percorrer este grande mapa você também terá acesso a um buggy, o qual supre uma das reclamações do jogo anterior. Diferente de Dead Island, o Dying Light original não tinha veículos, então não havia aquele prazer de atropelar zumbis.

Nem sempre isso funciona a favor de The Following, pois muitas áreas do mapa começam um pouco vazias e outras criam problemas por serem montanhosas demais. Seu objetivo pode estar a sua frente em linha reta, mas exigir que você dê uma grande volta para poder chegar até ele. Esse era um problema antigo que os jogos da série GTA também enfrentavam, mas foi resolvido pela presença de um GPS, algo que faz falta aqui..

No entanto, esses problemas acabam desaparecendo ou diminuindo com o passar do tempo, como a curva de aprendizado inicial do próprio Dying Light possuía para parkour, combate, etc. Tudo que não se resolver com o costume, há algum upgrade que você eventualmente irá desbloquear para resolver. O mapa que inicialmente pode parecer vazio vai se enchendo de coisas para fazer aos poucos.

Ê mundão grande sem porteira (mas cheio de montanha)

Além da campanha principal que adiciona uma boa quantidade de missões interessantes, há side quests, caçadas por "Bolters", zumbis velozes que podem ser perseguidos de carro, procura por pessoas desaparecidas, eliminação de ninhos de "Volatiles", os zumbis mutantes mais tensos que só saem à noite, corridas de buggy e eventos aleatórios que acontecem enquanto você atravessa o mapa.

Por ser uma expansão, The Following pega o seu save original de Dying Light e permite que você continue a evoluir seu personagem, com todos os seus itens e blueprints (para criar itens). Caso alguma das suas habilidades esteja no máximo, você pode ganhar ainda pontos "Legend", os quais tornam capaz que você continue evoluindo mesmo além do limite com habilidades mais exageradas.

Eu não terminei a expansão muito mais poderoso do que eu já era em Dying Light, apenas consegui novas armas mais potentes. Muita coisa que eu trouxe do meu save original, porém, acabou se provando muito útil na expansão, quando muitas vezes não havia chance de usá-las na aventura anterior, já que havia superado o desafio do jogo

O buggy acaba por se tornar uma extensão do seu personagem com o tempo e como ele não existia antes, você terá que fazer os upgrades dele do zero, adquirindo itens para fabricar peças e coletando combustível de carros abandonados. Até o fim da campanha eu já havia transformado ele de um patinete motorizado em uma arma de combate confiável que me dava grande vantagem e o processo foi bem divertido.

Infectados presos no carro eram um problema até eu instalar uma descarga elétrica

Vendo a grama crescer

Tecnicamente o jogo anda é lindo até para os padrões de hoje, com gráficos que realmente surpreendem. Apesar de o mapa ser ainda maior, mais aberto e você poder atravessá-lo com mais velocidade usando seu buggy, não há lentidão alguma.Efeitos como a grama dobrando enquanto você passa com seu buggy por uma área de mato são simplesmente lindos e fazem parecer que um Pokémon pode saltar da grama alta a qualquer momento.

A dublagem também continua excepcional, com vozes que realmente passam emoção em cada uma de suas falas. As músicas são em sua maioria reaproveitadas do jogo original, o que não é ruim pois eram boas em criar ambientação. Há ainda uma grande atenção para detalhes, como um sutil som de "Strike" quando você derruba vários zumbis ao mesmo tempo, tão sutil que você fica se perguntando "eu ouvi isso mesmo?".

Os gráficos de Dying Light continuam impressionantes mesmo um ano depois

Um morto muito louco

Não há como enfatizar o quanto The Following expande com sucesso o conceito de Dying Light e como ambos se complementam perfeitamente. Se você gostou do primeiro jogo a sequência te dá muito mais o que fazer sem aquela sensação de Dead Island Riptide, esta é uma expansão de verdade. Para quem ainda não jogou a série, The Following é um ótimo motivo para conhecê-la, agora que há mais do que o dobro de conteúdo para absorver com um preço bastante em conta.

Nota: 9/10

9 comentários:

  1. Agora eu posso morrer em paz Monteiro.

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  2. Perdi meu save do game principal, da´pra jogar a expansão sem ele?

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    1. É possível, mas não recomendo. A expansão é de alto nível e pede que você esteja pelo menos no Level 12 para começar a jogá-la. Há muitos inimigos armados logo de cara e os zumbis são bem fortes, então você precisa estar bem equipado.

      Meu save também não funcionou por problemas técnicos e eu tive que rejogar toda a campanha original de Dying Light. No entanto, se você pular as cenas de história e fazer tudo rápido, dá pra chegar a um bom nível em algumas horas, foi o que eu fiz.

      Outro ponto interessante é que o save da campanha e da expansão The Following são o mesmo, então você pode ir e voltar entre as duas. Por exemplo, eu subi muitos níveis em The Following e peguei uma besta composta bem útil, depois voltei para a campanha de Dying Light e passei a usá-la como arma principal.

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  3. Legal amigo Tava pensando em comprar a dlc acho que já ajuda quantas horas de modo história tem mais ou menos?


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    1. Diria que entre umas 8 a 12 horas, depende bastante do que você vai trazer pra expansão. Se estiver bem preparado dá pra encarar todas as missões rápido, se ainda precisar se adaptar, leva um tempo a mais.

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  4. Olá, to querendo adquirir o game, mas como mídia física. Já tenho a mídia física Do primeiro jogo, mas queria saber se, comprando o Bluray do novo jogo, eu poderei usar o sabe antigo

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    1. Acho que a expansão não saiu em mídia física, só a "Enhanced Edition", que tem o jogo original + expansão

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