domingo, 24 de maio de 2015

Videogames e suas filosofias


Várias vezes já mencionei nos comentários do blog que os videogames têm filosofias e que isso os influencia bastante, porém nunca dediquei um artigo inteiro para falar do tema, então aqui estamos. Vou explicar o que é a filosofia dos videogames, como ela os define, influencia seus jogos e principalmente como afeta a nós mesmos.

Desde a revelação do PlayStation 4 e do surgimento do Steam Box, muitas pessoas vêm percebendo que videogames estão se tornando apenas um PC levemente otimizado para jogos. Alguns até estão dizendo que essa será a última geração de videogames, pois não há mais necessidade de se ter uma plataforma dedicada, basta ter um PC mediano.

Este é um pensamento completamente errado, pois o PC possui uma filosofia muito diferente dos videogames, a mesma filosofia desde que os primeiros computadores que rodavam jogos foram lançados: jogos que promovem o isolamento, controles relacionados ao mouse que é um periférico exclusivo, elementos de socialização online, incentivo à competição, entre outros.

Os videogames, por outro lado, sempre trazem novas filosofias, praticamente mudam a cada geração, o que os torna produtos completamente diferentes do PC, mesmo que recebam hoje muitos jogos que vieram dos computadores. Por exemplo, a filosofia por trás dos videogames não é de isolar, isso fazia com que na maioria das casas os PCs ficassem nos quartos, enquanto os videogames iam para as salas.

É fácil imaginar o mais recente GTA ou Assassin's Creed sendo lançado tanto nos PCs quanto nos videogames, virtualmente idênticos. Porém, fica mais difícil imaginar um jogo típico de PC, como League of Legends ou Counter-Strike, sendo lançado para consoles. Assim como não faria nenhum sentido lançar Wii Sports ou Nintendogs para PC.

Provavelmente em algum ponto da sua vida você também já sonhou com o mito do "videogame único", um console que teria todas as características dos videogames de última geração, rodaria todos os jogos, sem que você tivesse que comprar 3 consoles diferentes para jogar exclusivos. Seria "Perfeito". Exceto que não.


Quando pensamos no Xbox 360 e no Playstation 3, não temos dificuldade em imaginar um videogame híbrido produto da fusão dos dois, o qual seria superior a ambos como produtos individuais. Até se pensarmos na época do Playstation One, Saturno e Nintendo 64, não parece difícil juntar todas as suas qualidades em uma única máquina superior, sem nenhum de seus defeitos.

Porém, esses videogames são algo mais do que uma mera pilha de circuitos, mais do que um produto com uma mensagem, eles têm uma filosofia, um conjunto de ideias e princípios. A filosofia desses videogames, por sua vez, pode levar a indústria como um todo para frente, para trás, ou deixá-la estagnada.

Por exemplo, o PlayStation acreditava que deveria conquistar um público mais velho e que o mercado deveria crescer nessa direção. Eles acreditavam que o próximo passo na evolução dos jogos, seria torná-los mais maduros. O marketing da Sony e seus jogos eram direcionados a esse público adulto.

Quanto mais a Sony investia nessa direção, mais jogos eram feitos com essa filosofia. O ponto interessante é que não era apenas a própria Sony que produzia esses jogos, mas também empresas terceirizadas, como Capcom, Konami, Square Enix, entre outras. Mas por que? A Sony não as obrigava a isso, por que faziam?

Há duas possibilidades: A primeira, você acredita na filosofia que aquele videogame está pregando, é a mais desejável e saudável. A segunda, você acredita que as pessoas que vão comprar esse videogame, acreditam nessa filosofia, então se você quer captar o interesse delas, precisa dar o que elas esperam.

Após alguns anos com o PlayStation líder, e também o PlayStation 2, essa "maturização instantânea" da indústria negligenciou jogadoras mulheres, que se afastaram do mercado, negligenciou o público infantil que não encontrava jogos para sua idade na plataforma. A filosofia do líder, moldou o mercado todo para um lado, homens jovens adultos, e os jogos eram feitos em maioria para esse público.


Já o Nintendo DS achava que deveria conquistar essas jogadoras mulheres, investindo em jogos diferenciados, como Nintendogs. Mas não só de jogos se faz uma filosofia. O Nintendo Wii acreditava que para conquistar jogadores que achavam videogame complicado, precisavam de uma nova forma de controle mais acessível, o Wii Remote.

Veja que essas decisões que permitiram ao Nintendo DS e Nintendo Wii atingir novos públicos, não poderiam ser tomadas em um console único ou em um PC. Se o Wii acompanhasse um joystick comum em sua caixa, as empresas não explorariam seu controle de movimento, continuariam fazendo as coisas do jeito que sempre fizeram, pois é naquilo que eles acreditam. Apenas quando o Wii as forçou, elas mudaram.

Não víamos jogos para mulheres serem lançados no PlayStation 2, nem víamos jogos com controles mais simples saírem para o Xbox 360, assim como GTA não sai nos consoles Nintendo. A filosofia de cada um dos videogames atraía um estilo diferente de jogo, guiados pelo conceito original apresentado pela dona do console e pelo quanto o público abraçava essa filosofia.

Por exemplo, a Nintendo já quis criar consoles para conquistar o público mais adulto, pasmem, com o GameCube. O visual do videogame e de alguns de seus jogos, como The Legend of Zelda: Wind Waker, acabaram o rotulando como uma plataforma para crianças, e o mercado seguiu esse movimento, lançando mais jogos infantis para ele e cortando jogos mais adultos.

De nada adiantou a Nintendo correr atrás da exclusividade de Resident Evil para o GameCube, assim como não adianta hoje comprar a exclusividade de Bayonetta 2 para o Wii U. Jogos que contrariam a filosofia de um videogame, como MadWorld no Nintendo Wii, vendem menos por não estarem de acordo com o que o público está esperando e não conseguem mudar os estigmas já estabelecidos.


A filosofia de um videogame  pode ser atrelada a ele pela própria fabricante ou definida pelo público que o abraça. Obviamente isso não se limita a videogames, não sendo difícil, por exemplo, perceber qual a filosofia por trás de jogos gratuitos no iOs e Android. Alguns videogames são lançados sem filosofia alguma, como no caso do PlayStation One, e acabam sendo moldados pela indústria e pelos consumidores.

Quando a Nintendo lançou o Nintendo DS, tinha como objetivo revitalizar o mercado, e o fez com uma proposta de jogos diferenciados para novos tipos de público. A empresa traçou seu objetivo, uma meta. Criou uma proposta de como pretendia atingir essa meta. A filosofia é o conjunto de ideias e princípios que irão reger esse processo.

É um pouco como na teoria da relatividade de Einstein. O espaço é plano, a massa curva o espaço, afetando o que está a sua volta. Uma filosofia curva o pensamento, alterando sua percepção, fazendo todas as suas ideias convergirem naquela direção.

O que isso significa esse rolo na prática? Significa que todos os jogos produzidos para o seu videogame, serão afetados pela sua filosofia, no planejamento ou na realização, de maneira positiva ou negativa, consciente ou inconsciente, e ela também será responsável pelos jogos futuros que seu videogame receberá, empresas procurarão lançar jogos que se encaixem na sua filosofia.

Por exemplo: Halo no primeiro Xbox não seguia filosofia nenhuma e poderia ser lançado para qualquer videogame (inclusive, foi concebido para PlayStation 2). Porém, uma vez lançado, determinou a direção que o Xbox iria seguir, formou uma filosofia para o console e garantiu que mais jogos de tiro seriam lançados para ele, até mais do que para o PlayStation 2, apesar deste ser o líder na época.


Com uma filosofia voltada para um gênero específico, o Xbox conseguiu superar seu concorrente neste gênero. É o mesmo que aconteceu quando a Sega roubou os jogos de esporte da Nintendo na época do Mega Drive e Super Nintendo, eles se encaixam melhor na sua filosofia que na do concorrente, são o que o público está esperando.

o Xbox 360 teve um esboço de filosofia com um foco maior na Xbox LIVE, a qual por sua vez influenciou Gears of War com seu modo cooperativo, o qual depois influenciou Resident Evil 5. Vários jogos passaram a incorporar modos cooperativos online devido à filosofia do Xbox 360.

Mas por que atribuir isso à filosofia do videogame? Não é apenas um reflexo de ter a Xbox LIVE disponível? Se não existisse o Xbox 360 a Capcom poderia fazer Resident Evil 5 cooperativo para PC, certo? Curiosamente, não. Os recursos já existiam antes nos concorrentes, mas apenas o Xbox 360 causou essa influência.

Isso demonstra por que seria impossível para um console único ter uma boa filosofia, pois precisaria atender às demandas de várias empresas e às vezes é preciso focar seus esforços em algum ponto específico, o qual por sua vez irá tirar recursos de outras áreas.

O Wii precisou contrariar muitas empresas para se tornar um fenômeno, desde terceirizadas que não conseguiam converter jogos com custo baixo até estúdios da própria Nintendo que achavam que ela estava errada e se separaram da empresa, como Camelot e Silicon Knights. Ambos se apagaram com o tempo.

Como mencionado, a filosofia é também o solo no qual se planta um videogame. Se ele for fértil e promissor, pessoas comprarão seu produto com base apenas no que ele se propõe a realizar, antes mesmo de mostrar resultados. Isso aconteceu mo início do PlayStation 2, do Nintendo DS, do Nintendo Wii e do PlayStation 4. As pessoas os compraram antes mesmo de terem bons motivos para tal.


Se um videogame tiver uma filosofia ruim, ele está fadado ao fracasso. Uma filosofia ruim é como uma erva daninha, uma doença que se embrenha em cada um dos seus jogos negativamente, negativamente, consciente ou inconscientemente. Isso aconteceu com a obsessão 3D da Nintendo com o Nintendo 3DS e Nintendo 64, todos os jogos ficavam contaminados. Não importa quão longe você vá, é como pilotar um barco furado.

Enquanto isso, consoles sem filosofia são incógnitas, o que os torna interessantes. Tanto PlayStation One quanto PS Vita são exemplos de videogames sem filosofia com finais bem diferentes. Ainda aplicando a metáfora anterior, eles são barcos a vela, seu sucesso depende das condições a sua volta, como o vento e jogos, os quais surgirão independente de suas vontades ou qualidades.

15 comentários:

  1. o unico problema do 64 foi usar cartuchos... pouco espaço é um grande problema, por isso ele não vendeu muito! e o 64 não tinha filosofia nenhuma, ele foi moldado com tempo..

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É um erro comum achar que o defeito do Nintendo 64 foi só o cartucho, mas não foi. O Nintendo 64 tinha uma filosofia muito clara: "O 2D acabou, o 3D é o futuro, venha jogar os jogos que você adora, agora em 3D". Sem considerar se as pessoas concordavam com isso

      Super Mario 64 é um jogo legal, mas não tem nada a ver com Super Mario World ou Super Mario 3, eram jogos inteiramente diferentes, eram pratos diferentes para fomes diferentes. Sem um novo Mario 2D, a Nintendo perdeu fãs.

      Super Mario 64 vendeu aproximadamente 10 milhões no Nintendo 64 e depois 10 milhões novamente no Nintendo DS, então dá pra determinar que esse é o público que ele atinge, 10 milhões de pessoas. New Super Mario Bros. vendeu quase 30 milhões, tanto no Nintendo DS quando no Nintendo Wii

      Essas 20 milhões de pessoas de diferença provavelmente não compraram o Nintendo 64 e passaram fome durante a época do GameCube até finalmente sair o DS e o Wii. E elas são o público negligenciado de apenas uma série

      Excluir
  2. Boa tarde, nunca tive esse pensamento de filosofia dos consoles, sempre joguei emuladores, no entanto pensei em consoles atuais e sinceramente nada me surpreende, por favor me explique a causa disso, me desculpe pela ignorância, mas me explique a filosofia do Super Nintendo, ele foi o meu primeiro console emulado e depois disso emulei neo geo entre outros, mas nada muito distante dele me agrada, me diga qual o problema e se possível a filosofia e qual o melhor console atualmente para se investir, curto muito o seu site, ele diz várias verdades, estranhas, incomodantes, mas sim são verídicas e com ótimos fundamentos, muito obrigado pelo conteúdo de ótima qualidade, perdoe meu comentário imenso, desde já agradeço pela sua atenção, até mais!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Só pra confirmar, nunca tive console, apenas emuladores.

      Excluir
    2. Os emuladores não passam exatamente a mesma sensação dos consoles por vários motivos. Um deles é o próprio fato de você ter milhares de jogos ao alcance de um dedo, o que diminui muito a percepção de valor deles. Ainda assim, são bons quebra-galhos

      O SNES fez o que chamamos de movimento upmarket. Após você lançar seu produto, no caso o NES, atingindo o Tier 1, 2 e 3, você tenta subir para alcançar mais o Tier 1 e 2, aumentando assim a sua lucratividade mas consequentemente diminuindo seu público e suas vendas. Depois veio o Nintendo 64 que apelava apenas ao Tier 1, e é aí que mora a "Maldição do Terceiro Console"

      O Tier 1 são os fãs mais assíduos, é um grupo pequeno numericamente mas barulhento, o Tier 2 são aqueles que conhecem um pouco o produto e têm alguma opinião variada sobre ele, enquanto o Tier 3 eram os não-consumidores do seu produto, que não o conhecem ou não ligam, mas decidem dar uma chance, seriam os "jogadores casuais", mas sem o peso que esse rótulo carrega

      No NES os jogos tinham um game design mais puro, então apelavam aos 3 Tiers, o NES começou com uma filosofia de "um fliperama em casa" mas começou a oferecer mais aventuras depois de Super Mario Bros., no entanto pelas limitações da época tudo era muito influenciado pela cultura arcade. Havia também uma certa filosofia japonesa nova que os tornava interessantes para o mundo ocidental, assim como foi com os animes

      O SNES surgiu com uma filosofia de ser um NES "maior e melhor" e foi aí que começou uma certa contaminação nos jogos. Primeiro, não dava pra ser "maior e melhor" do mesmo tamanho, então os personagens ficaram maiores, mas as telas não, então de repente os jogos já não podiam exigir mais tanto reflexo porque tudo aparecia já na sua cara, então os jogos ficaram mais lentos

      Por um lado isso também os tornou mais acessíveis, então mesmo pessoas que jogaram tanto o NES quanto o SNES podem achar o SNES melhor, porque algumas coisas do NES eram punitivas e excluíam alguns jogadores, como desafio alto dos jogos. No entanto, os jogos do NES eram mais puros e muitas vezes mais divertidos. É mais fácil achar pessoas que terminaram Super Mario World do que Super Mario Bros., mas isso não significa que o original era pior

      Consoles como o NES e o Master System apelavam até o Tier 3, consoles como o SNES, Mega Drive, TurboGrafx-16, NeoGeo, apelavam até o Tier 2 e os fliperamas variaram entre estes dois níveis também durante sua existência. O seu interesse se perde, assim como o de muitas pessoas, quando os consoles passam a só ligar para seu público mais fiel, só apelam ao Tier 1, negligenciam as suas necessidades e as de muitos outros

      Atualmente você estaria bem servido com um Nintendo Wii, que apela aos 3 Tiers com uma boa biblioteca de jogos e um preço acessível, ou se quiser algo mais novo com um PlayStation 4, que apela mais aos Tier 1 e 2 com uma grande variedade de jogos menores assim como grandes produções.

      Excluir
    3. Sou o anônimo de cima, enfim cara, sua explicação ficou show de bola, perfeita, mal tinha noção disso, deu prazer de ler cada palavra, você realmente me respondeu, enfim, por favor posta mais, seu blog tem aquilo que nenhum outro tem, e mais do que ninguém você sabe disso, muitíssimo obrigado Rafael Monteiro, explicação onerosa, meus parabéns e que continue seu ótimo trabalho!

      Excluir
    4. Mas, se me permite extender o assunto, nada parece tão confiável hoje, o próprio Wii tem bons jogos sim, mas um exclusivo de peso do tipo de Zelda decepciona, aquele jogo que deveria nos levar a comprar o sistema, ou ao menos justificá-lo, o playstation 4 parece ter conteúdo perante os outros atuais, o Wii U parece um escopo tão fechado, aparenta ser algo tão engessado, o Xbox One não oferece atração, ainda que como público gera ele aparente ser apenas um Playstation 4 um pouco menos potente, mas do seu comentário duas verdades em relação aos consoles indicados o Wii parece ótimo, mas carrega algo desagradável, não sei explicar, não sei se compraria um, aparenta limitação, mas muito menos do que os outros e sobre o Playstation 4 ele, como disse anteriormente, tem algo a oferecer, nem de longe a perfeição, mas de todos os males este é o menor, ou seja, tem conteúdo a extrair, por isso você pode me indicar jogos que representam o Tier 1, 2 e 3? Perdoe mais uma vez a amolação, é que sinceramente, este blog é o desabafo da atualidade, da estática morta de outros sites, análises duvidosas, falta de opinião concreta, irrita constantemente, e no meio de tudo isso eu fico perdido e sem saber o que fazer, é horrível, e com esse blog eu encontrei algo como mencionei anteriormente e reforço que não há conteúdo semelhante pela internet, não que eu saiba e que seja de tão fácil acesso, isto é, um site que cativa aqueles que anseiam por informações que não passam de balela ou de fatos forçados, mais uma vez agradeço com muita humildade por tudo, até mais Rafael!

      Excluir
    5. Já está na hora de cobrar pelas consultas ao site, kkkkkkkkk, no mais muito obrigado!!!!!!

      Excluir
    6. Ainda como o de cima, o Anônimo e o Gonçalo, perdoe meu erro, mas fiquei confuso, lhe peço mais uma vez com muita educação e quando você puder que me explique uma coisa, você me recomendou esses consoles, me identifiquei com eles, fato, mas contrário à isso, li em seu blog que Chrono Trigger não é um bom jogo por não atrair as massas, sou de qual Tier então ? Continuo gostando do wii e ps4, desde já agradeço Rafael!!!!

      Excluir
    7. Meu jogo preferido é Chrono, mas não deixo de gostar do wii e ps4

      Excluir
  3. Tudo que escrevo no blog é levando em consideração macro-escala. Por exemplo, um jogo não pode ser considerado bom ou ruim com base apenas no que eu acho, tem que ser no que o público acha.

    Em Micro-escala as pessoas podem gostar do jogo que quiserem. Eu, e mais uma pequena base de fãs apaixonados, adoramos Mega Man Legends, mas ele foi um péssimo jogo para o grande público. Assim quando alguém diz "Eu joguei Chrono Trigger mas não gostei", você sabe por que, ao invés de reagir como a maioria dos hardcores: "Meu Deus! Mas é o melhor RPG de todos os tempos!"

    Um problema que aconteceu com o Wii é que a Nintendo deu uma guinada em 2009 e resolveu que não queria mais fazer sucesso do jeito que o Wii estava fazendo. Talvez se envergonhasse de ser vista como a empresa do controle bobo que atraía casuais. Ali foi plantada a semente do Wii U e 3DS, a Nintendo não gostou da forma que havia ganhado sucesso e voltou ao mercado hardcore.

    Recomendo dar uma lida nesse artigo aqui sobre isso
    http://www.nabaladadomariobros.com/2011/03/onde-nintendo-errou-processo-justo.html

    Isso significa que você vai achar sim jogos "contaminados" já com essa política no Wii, mas a maioria deles ainda representava bem os 3 Tiers. Vale lembrar que um console só parece "perfeito" quando fica velho, pois os jogos ruins são esquecidos, enquanto os clássicos perduram.

    Apesar de o NES ser considerado um exemplo perfeito aqui no Blog por atingir os 3 Tiers pelos padrões de hoje, claro que havia muita porcaria nele se você vivesse naquela época.

    Para descobrir jogos que atingem todos os 3 Tiers procure jogos que atingem o Tier 3, que é o mais difícil. Se pessoas que normalmente não jogam puderem jogá-lo e se divertem com ele, ele atinge os 3 Tiers. Isso inclui jogos como Wii Sports, New Super Mario Bros Wii, Just Dance, alguns da série LEGO e assim por diante.

    ResponderExcluir
  4. Pulando de paraquedas por aqui kkk. Acabei de ler seu artigo, recomendado por um amigo. Realmente me surpreendi. Então vim só te parabenizar pelo seu trabalho. Você escreve de forma clara e com muita propriedade, o que torna seu trabalho excelente. Meus parabéns!

    ResponderExcluir