Acima O Paciente Ingl... oh wait!
Sim, a premissa de que os jogos "cinematográficos" são a evolução natural dos jogos é totalmente errada e vou lhes explicar porque. Se traçarmos uma linha evolucionista na comunicação e entretenimento podemos começar com os livros na sua forma mais básica. Tecnologia mais antiga sendo ela o papel e a tinta (que um dia já foram absurdamente caras e escassas), depois com a invenção do radio tivemos a quebra de fronteiras com o som. Falar e ouvir é muito mais rápido e imediato que escrever e ler. Novas formas de narrativas foram criadas entorno do som. Após o som tivemos a junção dele com a imagem e obtemos o cinema. Mostrar e ver é muito mais rápido e fácil de entender que apenas falar e ouvir. O segundo passo foi em direção a interatividade. Fazer e não apenar assistir. suas ações fazem parte do meio, o espectador não é apenas passivo. O mesmo pode se dizer da Web 2.0 que seria o passo atual, mas vamos nos atentar aos jogos. Eles são o fim da linha dessa evolução, pelo menos até agora.
Um jogo, diferente de todos os outros, possui um diferencial: O usuário participa ativamente das ações. O desenvolvedor de um jogo deve dar as ferramentas necessárias para que o individuo possa interagir com o computador. Rebater uma bola ou atirar em um alvo. São ações reflexivas e básicas. As ferramentas foram sendo sofisticadas e conteúdos novos e extremamente empolgantes foram criados para a interação. Que tal ser um ouriço super veloz? Ou um robô que precisa salvar o mundo? As ferramentas dadas são excitantes mas não mais que o mundo que são inseridos. Essa construção Ferramenta X Mundo fez com que os jogos e tornassem desafiadores e apaixonantes. Mas aí veio o 3D.
Metal Gear Solid do PS1 até que começou bem, aí veio o Raiden...
Voltando mais no tempo do cinema mudo, a industria sofreu uma crise! Com a nova tecnologia do som junto com a imagem e os diálogos finalmente possíveis em tempo real Hollywood começou a imitar seu irmão mais velho, a Broadway. Filmes ao invés de utilizarem técnicas de câmera e iluminação passaram copiar cenas estáticas e longas dos espetáculos teatrais e musicais. O publico rejeitou. Era uma versão malfeita. A tentação era levar o glamour da Broadway aos cinemas. Fracassaram. Não souberam o que fazer com a nova tecnologia. O 3D tem o mesmo feito na industria de jogos. Com a nova tecnologia os desenvolvedores poderiam finalmente se transformar em cineastas e passaram a copiar Hollywood. Afinal agora é possível manipular ângulos, dar expressões faciais e incluir vozes. Em troca disso tiraram a essência dos jogos, de serem baseados nas ações do jogador. Dessa vez tudo gira em torno da historia criada pelo desenvolvedor. Ele está no controle e o pobre jogador é sua marionete.
Pobre Ramirez! Um retrato do jogador marionete.
Se um jogo parece com um filme então ele é estático, pouco interativo e linear. Tudo o que tira a imersão e o poder das mãos do jogador. Se ele é assim então é um jogo ruim.
Posso colocar no fórum o seu texto?
ResponderExcluirdando os créditos e sem alterar o conteúdo, pois seria anti-ético, fique a vontade.
ResponderExcluirPq diabos roubaria conteúdo, pode ficar sussa....
ExcluirSempre esqueço que estou anônimo.
Excelente texto!! Parabéns!!
ResponderExcluirmesmo Heavy Rain? eu achei o jogo incrivel pelo fato de que voce controla as açoes do personagens na historia que é dada para voce...e dependendo dessas açoes o jogo te da outros finais....ta certo que nao é algo que voce tem controle 100% de tudo q realmente acontece mas eu acredito que ainda sim é um jogo muito bom!
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