Uma vez um fã do blog me perguntou no MSN: "Por que você não fala das outras companhias, como Sony e Microsoft?", e em vários comentários também já vi coisas como: "Por que você só fala mal da Nintendo?". Eu lembro que respondi ao fã: "Mas não é óbvio? É a única de quem vale a pena falar".
O fato de eu perseguir tanto a Nintendo é porque ela é a única que eu acredito ainda ter alguma chance de ser excepcional. Foi a única que sobrou. É muito pior quando eu nem mesmo falo a respeito de alguma empresa, significa que ela não é muito interessante. E a Nintendo é bem interessante.
A maioria das pessoas acredita que uma afirmação dessas é repleta de parcialidade e fanatismo, mas é muito mais questionável o mágico mundo do arco-íris onde as pessoas que acusam as outras de parcialidade vivem. Um mundo onde todas as empresas tem qualidades e defeitos que as tornam igualmente especiais, como se a vida fosse um episódio dos Ursinhos Carinhosos.
Quando começaram a me chamar de fanático da Nintendo por isso, não fazia muito sentido, pois eu tinha vários consoles e os adorava. Na verdade, sempre gostei mais do meu Dreamcast e PlayStation One que do meu Nintendo 64, mais do Master System que do Nintendo 8 Bits. Ah, então eu era um fanático da Sega. Mas eu também não era muito fã do Saturno, apesar de ter um.
No entanto, o ponto de base é que eu não gostava muito da Sony e Microsoft. Os fóruns e outros jogadores tentam fazer você acreditar que é errado não gostar de alguma empresa, que esse preconceito é sempre algo irracional e que a imparcialidade vem da utopia de que todas são especiais do seu jeitinho.
Obviamente eu nunca aceitei essa versão e parti para descobrir o que me incomodava. Era muito difícil fazê-lo, pois eu demorei para entender tanto de jogos quanto eu entendo hoje, e não sabia verbalizar muitas das frustrações, apenas sentia que algo estava errado. Felizmente eu aprendi bastante com Sean Malstrom, não coisas que eu não sabia, mas a como expressar muito do que eu não conseguia colocar em palavras.
Foi então que eu descobri por que eu não gostava muito da Microsoft nem da Sony, porém apreciava Nintendo, Sega e até mesmo o antigo Atari.
O segredo estava na cultura de jogos. Há dois tipos de cultura, a proveniente dos fliperamas, a cultura arcade, e a que veio dos computadores, a cultura dos PCs.
Atari, Sega e Nintendo, fazem parte da cultura arcade. Seus jogos começaram em fliperamas, ambientes vivos onde eles tinham que provar seu valor e seriam pesadamente julgados pelos jogadores e donos dos estabelecimentos. Eles dependiam dos jogadores, os jogadores eram seus reis.
Enquanto isso, a cultura do PC apelava para jogadores nerds isolados, não precisava agradá-los, eles consumiriam qualquer coisa eletrônica que dissesse que os tornaria especiais. Os jogadores dependiam deles, os jogadores eram seus súditos, e por que não dizer, escravos?
Desde então, o mercado de jogos se molda sobre essas duas faces culturais. Arcade e PC, uma servindo ao jogador, a outra o explorando. Até o fim, a Sega manteve suas raízes, e a Nintendo ainda as mantém também.
Durante o primeiro PlayStation (do qual eu gostava, novamente confundindo os rótulos), a Sony ainda não sabia o que estava fazendo, e ela não tinha cultura própria, aproveitando a cultura bastante remanescente do Super Nintendo que as third parties traziam. Porém, mais tarde, no PlayStation 2, a empresa tentou desenvolver sua própria cultura, a qual me desagradou e se afastou da cultura arcade.
No entanto, as coisas ainda não estavam tão ruins como quando o primeiro Xbox foi lançado. Por pior que eu pudesse achar a cultura do PlayStation 2, ela era própria. Todo console até então trazia sua cultura e enriquecia a indústria de alguma forma. Então o Xbox trouxe a cultura do PC para os consoles.
Se hoje temos videogames com sistemas operacionais que precisam de atualização, HDs, instalação de jogos, foco extremo em títulos de tiro em primeira pessoa, jogos incompletos para vender expansões, entre tantos outros perrengues, é culpa da entrada do primeiro Xbox e sua cultura de PC.
Dentre as duas culturas, há uma que é a correta a se seguir, a arcade.
A cultura do PC foca-se em um nicho e é canibal, isola o jogador naquele mundo e nunca se expande, ela cria uma espiral de oceano vermelho, sempre se focando nos mesmos jogadores, até esse grupo naturalmente encolher. Ela é, por sua própria natureza, auto-destrutiva.
A cultura arcade, por outro lado, promove interação entre todas as pessoas, conquista por cativação de novos jogadores, acessibilidade e expansão do mercado em um oceano azul de novas possibilidades. A cultura de PC pode coexistir com ela para atender as necessidades de um nicho, os hardcores. Porém, se a cultura de PC se torna o foco ao invés da arcade, a indústria ruma para sua própria destruição.
O Wii e o DS foram primores da cultura arcade, mas a Nintendo está um pouco perdida agora. Até mesmo ela precisa levar puxões de orelha de vez em quando.
Poderia comentar em um outro artigo, ou responder a esse comentário falando dessas culturas de uma forma mais detalhada? Fiquei interessado após ler o artigo.
ResponderExcluirPosso tentar, o que você gostaria de saber especificamente?
ExcluirVocê afirma existir dois tipos de culturas nos jogos: a arcade e a dos PC's. A primeira tenta conquistar o jogador com experiencias novas, já a segunda apenas evoluindo de uma forma tecnológica, mas nunca criativa.
ResponderExcluirEm questão de jogos e não de aparelhos a cultura PC ainda tenta trazer conteúdo novo para os jogadores. Como foi Assassin's Creed antes de se tornar uma máquina de dinheiro ou como foi o Shadow of the Colossus no PS2.
Eu sempre admirei a Sega e a Nintendo, porém sempre foi de meu agrado jogos com uma narrativa mais elaborada ou que me incentivasse a usar estratégias. Sinto que a Nintendo me desapontou nesse ponto nessa geração em particular, o que me fez apostar na Sony ou na Microsoft mesmo não gostando de jogos de tiro em primeira pessoa.
Mas a minha pergunta é: de que forma as culturas arcade e de PC estão situadas nessa geração? Poderia citar exemplos de jogos para cada uma?
Um erro de percepção seria de que na cultura arcade os jogos são desprovidos de história ou de arte. Mas o que ocorre é que neles, a história e a arte não ficam no caminho, nem atrapalham o design
ExcluirJogos como Assassin's Creed, muitas vezes são repetitivos e lineares devido à história, enquanto jogos como Shadow of the Colossus falham em vários outros pontos usando um escudo artístico para se protegerem
Às vezes você fica cansado de passar pelos mesmos locais em Assassin's Creed, ver o mesmo beco cinza, escalar as mesmas paredes, e outras você se pergunta por que não tem nada mais pra fazer em Shadow of the Colossus, como inimigos para matar, maneiras diferentes de derrotar os Colossus, ou mesmo um cenário mais interessante
Um exemplo de jogo com cultura arcade, remanescente do Super Nintendo, é Final Fantasy VII do PSOne. E um da cultura PC, no próprio Super Nintendo, é Final Fantasy VI, veja que irônico
Tirando pela morte de Aeris, que realmente pode atrapalhar o jogador caso ele tenha se focado nela, em poucos momentos Final Fantasy VII prende o jogador à história e não o deixa fazer mais nada além do que está no roteiro. Constantemente o jogador é deixado no mundo para fazer o que quiser. Ele tem um objetivo, mas ele o alcança como preferir, no ritmo dele. Prefere matar monstros e subir de nível? Ok. Quer ganhar dinheiro e comprar armas? Ótimo. Esse design de escolhas e crescimento faz parte da cultura arcade e está presente desde Final Fantasy I.
Já Final Fantasy VI passará horas te empurrando de personagem em personagem, para acompanhar a história. Não importa o que você quer fazer, o jogo está contando uma história e você tem que agir feito um marionete obediente, realizando as ações que a história pede.
Esta descrição caberia em vários jogos atuais, como Alan Wake, Final Fantasy XIII, e em menor escala, em muitos outros jogos da cultura PC
Um exemplo simples de jogo arcade hoje em dia seria a série Katamari Damacy, a qual poderia facilmente ser convertida para um fliperama. Porém, a história dela é muito ignorável.
Um exemplo melhor de cultura arcade atual, com história, é Xenoblade para o Nintendo Wii. Não é surpresa que muitos sites digam que Xenoblade é o passado e o futuro dos JRPGs, porque ele trouxe toda a história, aliado a um jeito de jogar da cultura arcade.
Tenho que concordar nesse ponto, mas acho que é um pouco extremo dizer que a cultura PC é errada. A cultura arcade é melhor? Ao meu ver, sim, mas não quer dizer que a cultura de PC esteja errada.
ResponderExcluirApesar de lançarem uma versão nova de Call of Duty a cada ano e ser estupidamente repetitivo, o jogo atende a um nicho de mercado, enquanto Xenoblade Chronicles atende a outro.
Eu gostei de Alan Wake e Assassin's Creed mesmo sendo lineares e após algum tempo se tornarem repetitivos. Não que não tenha jogos melhores, mas eles são divertidos. Caso o contrário, ninguém os jogaria.
Todos os jogos apresentam algum tipo de falha, cabe ao jogador dizer se aquela falha compromete a sua diversão ou não.
O que eu senti falta nos jogos do Wii (e eu quero deixar bem claro que essa é a minha opinião sobre o que eu vi do console) é que faltou jogos que me interessassem como Xenoblade ou o The Last Story, que apesar de eu não ter lido quase nada sobre o jogo ele parece ser bom.
Em minha opinião foi a falta de jogos como esses e o abandono do Wii pela Nintendo que fez com que eu não comprasse o console, talvez no futuro com a chegada do Wii U e a queda dos preços eu compre um Wii, mas ainda estou indeciso.
Não estou defendendo a Sony ou a Microsoft, você tem todo o direito de não gostar delas. Eu apenas não acho que os jogos seriam diferentes do que são hoje caso elas não tivessem entrado no mercado.
Concordo nesse ponto, mas eu nunca necessariamente disse que os jogos arcade eram desprovidos de história ou de arte, apenas que, foram poucos os jogos pro Wii que apostaram nisso. Talvez pelo fato das thirds terem o boicotado, talvez pela Nintendo telo abandonado, mas infelizmente essa é a realidade.
ResponderExcluirAcho que a sua comparação entre os JRPG's não poderia estar mais correta, porém esse é um gênero que, por si só, incentiva a exploração. É difícil de imaginar um jogo de ação furtiva como Splinter Cell sem ser linear, quero dizer,você ainda tem Hitman, mas não é a mesma coisa. E jogos como Skyrim deixam a desejar nessa parte por que o cenário do jogo não é propício para isso.
O que estou tentando dizer é que nem sempre a linearidade é ruim. Acho que um jogo pouco linear é mais divertido, mas existem exceções.
Um dos elementos mais importantes do Game Design são as escolhas. Quando o jogo é linear ele não te dá escolhas.
ExcluirNão significa que todo jogo deva ter um mundo aberto ou que Mario era linear porque só ia pra direita. Significa ter escolhas para realizar seu objetivo. E elas precisam ser escolhas relevantes.
Por exemplo, Splinter Cell não teria graça se fosse apenas seguir um roteiro. Esperar um guarda sair, nocauteá-lo, esperar outro vir atrás dele, matá-lo, você não estaria fazendo escolhas, estaria só fazendo exatamente o que o desenvolver queria que você fizesse.
Mas em Splinter Cell você pode escolher observar seus inimigos com fibra ótica antes de agir, em Metal Gear Solid você poderia deixar pegadas na neve e atrair um inimigo para sua direção, e até mesmo Hitman Absolution está dando opção ao jogador de jogar o stealth pro alto e virar um jogo de tiro, são todas escolhas que refletem que tipo de pessoa você é
Por que isso é tão importante? Porque jogos são espelhos do jogador, não do desenvolvedor. Se todas as pessoas que jogam, seguem o mesmo caminho e fazem a mesma coisa, o reflexo que estamos vendo é sempre o mesmo e na verdade é o reflexo do desenvolvedor.
Agora, se cada pessoa que joga o jogo, traz suas próprias experiências, medos, habilidades, e principalmente, imaginação, jogando cada um de uma maneira diferente, cada reflexo é diferente, e é reflexo do jogador.
Um bom exemplo disso é comparar os primeiros minutos de Goldeneye 007 do Nintendo 64 com a reimaginação da Activision para Wii, PS3 e X360. No Nintendo 64, ninguém te dizia o que fazer e cada jogador jogava de uma forma. Na reimaginação, há um agente te dando ordens, dizendo o que você tem que fazer. "Suba naquela torre, pegue o rifle e abata aquele alvo".
Mas o jogo-do-momento Skyrim não é baseado em escolhas? Mesmo assim não consigo enxergar nada além de cultura PC nele.
ExcluirSim, The Elder Scrolls V: Skyrim é cultura de PC, mas tem uma pitada de arcade. Como não temos mais grandes aventuras de cultura arcade hoje em dia, até uma pitada parece muita coisa.
ExcluirAqui está um artigo sobre como Skyrim, e outros mundos abertos, são apenas uma simulação do que os antigos jogos eram http://www.nabaladadomariobros.com/2011/08/qual-o-segredo-de-fallout-3-e-elder.html
Vocês podem reparar que durante o período de lançamento de Skyrim foram feitas muitas piadas sobre jogadores deixarem suas namoradas de lado para jogar. Isso não era coincidência, pois a cultura do PC prega o isolamento.
Agora, se tentássemos imaginar que jogo poderia derrubar Skyrim hoje em dia, qual seria ele? A resposta seria o mesmo jogo que derrubou os jogos de PC cheios de escolhas iguais a ele nos anos 80, The Legend of Zelda.
Mas não o The Legend of Zelda atual, que está perdido, mas sim um verdadeiro sucessor do primeiro jogo, com valores arcade, algo que a Nintendo não está fazendo. E só para corroborar a tese, The Legend of Zelda eu jogo junto com a minha namorada.
Outro que tem fama de roubar namoradas é o Diablo, mas acho que consigo ver mais arcade nele que na série Elder Scrolls. Mas é um jogo verdadeiramente arcade ou só com as pitadas de arcade como você diz? Existe algum jogo pra PC (sem contar ports de consoles) com cultura arcade?
ExcluirDiablo também tem pitadas arcade, acredito que o concorrente diretamente arcade dele seria a série Gauntlet, já é um pouco fora da minha alçada
ExcluirNão consigo lembrar de nenhum jogo de cultura arcade para PC, não sei se não existem ou se é só a natureza esquecível por estarem com a cultura certa na plataforma errada
O mais próximo que posso citar são conversões de consoles para PC, como Resident Evil ou Final Fantasy 7, que apesar de ótimos jogos, qualquer um pode sentir desconforto ao jogá-los no PC
Super Meat Boy, VVVVVV, a série Touhou...
ExcluirTalvez um jogo arcade para PC seja Jazz Jackrabbit..
ResponderExcluira BLIZZARD SE FEZ NA ESCOLA ARCADE, DESSA FORMA A MAIORIA DOS SEUS JOGOS TEM TRAÇOS NO ESTILO ARCADE.
ResponderExcluirA velocidade de Starcraft é herança do arcade. Mas ainda se configura como jogo de PC, não há dúvida disso.
O lado arcade, além da velocidade do jogo, era tornar o jogo mais integrado no multiplayer, deixando a guideline da história de lado.
O FPS também tem pitadas de arcade, pela velocidade e dificuldade... exploração, no começo, hoje em dia excetuando Bioshock e Half Life há poucos FPS que não são sobre trilhos
Empresas como a sega, atari e nintendo tem uma história para contar no mercado de games, a sony e a microsoft tem apenas ações na bolsa de valores.
ResponderExcluirConcordo com tudo. E digo que um dos motivos do fracasso do Vita é a sua cultura de PC. Portátil deve ser, em sua essência, puramente, arcade.
ResponderExcluirConsole, hoje em dia, não dá mais pra correr, vai ter que por algo de PC, mas não deve se concentrar somente nisso. O que a Nintendo tem que aproveitar com seu console de mesa é fazer uma "arcadização" dos jogos de PC em sua plataforma.
O conceito de desktop culture me pareceu uma grande bobagem, ainda que eu não discorde que os arcades são um estilo de jogo à parte. Muito dos conceitos e ideias empregadas no texto carecem de embasamento, pouca coisa significou alguma coisa para mim. Formar argumento contra certas premissas foi bem difícil por este motivo, sem exemplos e referenças eficazes tudo me pareceu abstrato. A mensagem que eu fiz não coube nos comentários, tive que redigir no pastebin. Se não puder dar reply, ficaria feliz com um artigo parte 2 à respeito das tais "culturas de jogos."
ResponderExcluirSegue o link: http://pastebin.com/jhYzCugw
http://pastebin.com/jhYzCugw
http://pastebin.com/jhYzCugw
Eu sugiro esquecer os termos técnicos, tudo sobre Game Design é muito abstrato, pelo simples fato que seres humanos são abstratos
ExcluirAs culturas Arcade e PC têm esse nome pelas suas raízes, fliperamas ou computadores. Porém, em termos técnicos, fliperamas e videogames não deixam de ser computadores
Então cabe questionar, o que discerne se o videogame na sua casa é um "mini-fliperama" ou um "mini-computador"? É a cultura de seus jogos, sua filosofia, sua raiz
O recicipente que recebe o conteúdo, o molda, a plataforma que irá receber o jogo, é parte do design. Um jogo projetado para o Nintendo DS é diferente de um jogo projetado para o Nintendo 3DS. Suas ideias são diferentes, devido a culturas, filosofias, hardware, etc
Videogames como o Xbox 360 ou o PlayStation 3 não oferecem cultura arcade, filosofia própria ou hardware diferenciado, são apenas computadores capados
Por que um videogame, como por exemplo o Nintendo 64, não era apenas um computador capado? Ele tinha uma filosofia de multiplayer para quatro pessoas, mas era apenas uma mudança de hardware colocar mais portas para controles
Aquela mera mudança de hardware, fez com que mais jogos multiplayers fossem feitos, alterou franquias como Mario Kart, criou novas como Mario Party, tornou-o alvo de jogos de tiro em primeira pessoa como Goldeneye
Computadores sempre tiveram várias portas para joystick, mas você já viu alguém plugar quatro joysticks em um computador? E em um Xbox 360 e PlayStation 3?
"As culturas Arcade e PC têm esse nome pelas suas raízes, fliperamas ou computadores. Porém, em termos técnicos, fliperamas e videogames não deixam de ser computadores."
ResponderExcluirDiscordo. O que você entende por cultura eu conheço por design. Na minha primeira mensagem expus a fórmula principal destes dois ramos, expliquei, ainda que grosseiramente, a razão dessa ramificação. Mas sim, existem dois moldes, ou arquétipos - ainda que a precisão da nomenclatura deles seja ruim. Repito: São os "arcades" e os "jogos domésticos". O modelo da contraparte doméstica fica evidente na geração Playstation.
"Então cabe questionar, o que discerne se o videogame na sua casa é um "mini-fliperama" ou um "mini-computador"? É a cultura de seus jogos, sua filosofia, sua raiz."
Como é conhecido o computador doméstico voltado exclusivamente para jogos? Console. Videogames e arcades são máquinas para jogos; e os computadores são aparelhos para diversos usos, inclusive jogar e construir games. Seria logicamente errado afirmar que um Sega Saturn é um fliperama por dois motivos: 1) Modelo de negócios e, 2) Devido a esse modelo eles seguem uma estrutura específica de jogos; os caseiros podem ou não seguir esse molde. Ou seja, nada impede que o XBOX 360 tenha jogos arcades como Deathsmiles 2 em seu acervo.
"Videogames como o Xbox 360 ou o PlayStation 3 não oferecem cultura arcade, filosofia própria ou hardware diferenciado, são apenas computadores capados."
Sim, eles oferecem. E sim, eles são computadores capados.
O problema é quando você afirma que videogame Y pertence a cultura Z. Exemplo: O Nintendo pombo pertence a cultura arcade aves. Mas você não expõe claramente quais são essas características próprias que as máquinas tem em comum com a Sega, o Atari, o Nintendo DS. Se para pertencer a esse cultura é necessário possuir ports de arcade, certamente os computadores estão inclusos nela.
Mas pelo visto não era isso que você gostaria de trasmitir - ports de arcade não incluem X em Y. Porém é dito em um comentário: "Um exemplo de jogo com cultura arcade, remanescente do Super Nintendo, é Final Fantasy VII do PSOne.", deixando evidente que os traços desse conjunto são aferíveis. E até você enunciar o significado dos termos que você usa, vai ser impossível fazer sentido para mim. Gostaria de ver você relacionar Final Fantasy com arcade. Vai ser divertido.
"Por que um videogame, como por exemplo o Nintendo 64, não era apenas um computador capado?"
Falta da instalação obrigatória de jogos no HD, do uso de patchs, de downloadable content, dos jogos completos e demos via download, da multimídia mequetrefe.
"Ele tinha uma filosofia de multiplayer para quatro pessoas, mas era apenas uma mudança de hardware colocar mais portas para controles."
Multiplayer é característica primordial dos arcades? Se for, então tanto o 360 quanto o PS3 são arcadassos -
eles tem até mesmo multi online, trinta pessoas por mapa, etc. Ah, não é maioria dos jogos que fazem uso desse modo? E o que te faz pensar que no 64 a situação era diferente? Aponte os jogos, não os videogames.
"Computadores sempre tiveram várias portas para joystick, mas você já viu alguém plugar quatro joysticks em um computador?"
Talvez pelo multiplayer local e online.
Não é design, é cultura. A cultura de um povo é sua arte, seu artesanato, suas histórias, seu ambiente, sua maneira de pensar, entre tantos outros detalhes. É muito mais do que um design.
ExcluirNão são os termos ou a falta de uma descrição detalhada que tornam impossível você entender, são os conceitos, abstratos.
Seus argumentos são muito desinteressantes
"Não é design, é cultura. A cultura de um povo é sua arte, seu artesanato, suas histórias, seu ambiente, sua maneira de pensar, entre tantos outros detalhes. É muito mais do que um design."
ResponderExcluirO modo de se referir a ideia não importa, desde que ela seja entendida igualmente por todos os receptores. A palavra "design", naquele contexto, carrega todos estes signos implicitamente - por isso você entendeu a mensagem e até usou outro termo em contraposição.
Se todos os falantes de lingua portuguesa passarem a referir-se às "maçãs" por "cultura de arcade" e vice-versa, não haverá problema - estas palavras são apenas signos linguísticos que transmitem o conceito de fruta pomácea e a forma de criar, jogar e entender certo conjunto de jogos.
E como você se diz insatisfeito com o emprego da palavra design, deveria ao menos explicar a razão dela ser limitada. Até onde alcança a cognição, e a acepção a que se propõe, ela me serve bem.
A dificuldade que tenho em ler e, principalmente, questionar seus pensamentos, é resultado da falta de sentido das palavras, que formam frases ora vazias ora contendo tudo. Somado a isso, temos a falta de embasamento das afirmações e as constante generalização. Cito e comento duas passagens do texto:
"A cultura do PC foca-se em um nicho e é canibal, isola o jogador naquele mundo e nunca se expande, ela cria uma espiral de oceano vermelho. A cultura arcade, por outro lado, promove interação entre todas as pessoas, conquista por cativação de novos jogadores, acessibilidade e expansão do mercado em um oceano azul de novas possibilidades."
É dito isso sem apontar quem são estas culturas. Sendo culturas de fato, então possuem características - como o vestuário do período Tokugawa e as togas da Grécia. Usar predicados vagos como "nerds isolados", "expansão", "oceano azul", "acessibilidade", "canibal"; não identifica o sujeito. Você tem que explicar o que há de comum entre os jogos de computador, e entre os de arcades e videogames. Ou refutar o que eu falei sobre eles.
"Seus jogos começaram em fliperamas, ambientes vivos onde eles tinham que provar seu valor e seriam pesadamente julgados pelos jogadores e donos dos estabelecimentos. Eles dependiam dos jogadores, os jogadores eram seus reis." ----- Sim, as coisas continuam dessa forma. Milhares de sites de avaliações, metacritic, vgchartz, fóruns de discussão, etc. Mudam-se as pessoas, as funções permanecem.
"Não são os termos ou a falta de uma descrição detalhada que tornam impossível você entender, são os conceitos, abstratos.
Seus argumentos são muito desinteressantes."
Entenda que você faz papel de analista. Põe-se a criticar símbolos, nomear padrões, julgar gêneros e culturas; sem antes conseguir exprimir objetivamente suas premissas aos leitores.
Meu terceiro comentário e nenhuma definição do que é cultura de arcade e de computadores - sobre os computadores, apenas termos vagos, que se fossem aplicados a qualquer videogame da Nintendo, fariam mínima diferença.
Sugiro moderar na generalização - o termo cultura é um exemplo. Verificar as características de cada objeto, antes de procurar por elas no conjunto de objetos. Parar de ler Sean Malstrom. Ou ser gentil em me mostrar o texto em que esse sujeito define uma coisa e outra.
Como eu disse, abandone os termos técnicos, leia mais artigos do blog e tente entender a parte abstrata
ExcluirAchei interessante a discussão e decidi participar. Pelo o que eu intendi da sua analise Sr Anônimo (hihi). Você começou bem o seu primeiro texto argumentativo, de fato os arcades são diferentes dos vídeo games devido ao seu modelo de negócios. Mas eles são bem parecidos mesmo assim.
ResponderExcluirSe você substituir os fornecedores do modelo de jogos em cartuchos (cartuchos para generalizar ok?) e colocar os donos de estabelecimentos de fliperamas, a relação é bem próxima. Nenhuma produtora de jogos vende diretamente ao consumidor. Para um fornecedor um jogo bom é aquele que vai ter um grande publico comprando. Para o dono de um arcade um jogo bom é ter uma maquina que atraia um grande publico comprando créditos. Não foi atoa que grandes empresas de arcades foram para o modelo de negocio dos consoles com sucesso, eram muito parecidos.
Agora se você observar o nascimento dos jogos de computador, eles surgiram de um nicho de programadores que brincavam com seus hardwares. Eles não eram feitos em massa, eram artesanais e focados em um nicho. Computadores pessoais não eram populares. Desenvolveu-se uma forma diferente de relação com o publico e como os jogos deveriam ser feitos.
Uma linha seguia a direção do mercado de massa, tentando agradar a maioria para atingir maiores lucros. A outra seguia a direção artesanal, onde o objetivo era fazer da forma que o desenvolvedor acha ser mais agradável e lucrar o que fosse possível com isso.
Se formos observar bem o que acontece hoje em dia são os vídeo games aderindo a essa cultura de nicho e lucrar o máximo possível em cima disso (com DLC, contas online e etc). A ideia não é ser da grande massa, atravessar continente e ser acultural. O que os jogos buscam atualmente nos vídeo games é ser o mais popular em seu grupo.
Você cita que o MSX teve jogos vindo de arcades logo ele possuí o mesmo modelo que os consoles. Mas a cultura é muito mais subjetiva que isso. Um exemplo bobo, se um japonês começar a falar gírias brasileiras, vestir a camisa do flamengo e ouvir funk, isso significa que a cultura japonesa é essa? Que então nossas culturas são iguais?
A maior prova de que são culturas e mercados diferentes é que um mercado nunca canibalizou o outro. Eles sempre existiram em conjunto. O hardware de mouse e teclado era vantajoso para os jogos de PC porque eles foram construídos justamente focados nessas funcionalidades. Assim como um joystick com botões eram vantajosos para os jogos nele existentes pois foram construídos nessa mesma base.
Jogos de PC foram construídos para um individuo, que joga isoladamente(ou alguém usa um computador em conjunto?) utilizando o mouse e teclado como inputs. Os vídeo games foram construídos para serem jogados em uma TV, na sala, com a família e amigos usando um ou vários joysticks.
O fato de um lançar Super Mario Bros pra um PC ou Diablo II para um video game, não destrói a base cultural em que ambos foram desenvolvidos e seus propósitos.
Enfim, daria para continuar com muitos argumentos, mas o texto já está grande demais e vai ficar chato.
Pra mim, esses são alguns dos "valores dos jogos arcade":
ResponderExcluir1 - Fácil de jogo, difícil de dominar;
2 - Desafiador, mas não chato;
3 - Difícil, mas não tão difícil a ponto de ser frustrante (afinal, o jogo tinha que fazer o jogador perder para colocar mais fichas na máquina, porém não podia ser frustante, senão o jogador não iria querer continuar jogando);
4 - Jogos de PC são mais cerebrais, baseados em textos e história, jogos Arcade são baseados em reflexos e habilidade;
5 - Alto fator replay e com grande ênfase no multiplayer;
6 - Para dominar um jogo arcade você precisa de habilidade, pra dominar jogos da cultura PC, você precisa apenas investir tempo neles (exemplo - arcade: consegui, passei pra quinta fase do jogo!!; PC: já joguei 10 horas desse jogo);
7 - Jogos arcade atraem atenção de quem está passando.
Vendo por esse lado, vemos que The Legend Of Zelda era sim um jogo arcade, contrariando o que o Anônimo disse. Ele era um jogo que possuía esses valores, mas possuía também valores de jogos de PC. Talvez ele seja o primeiro jogo de videogame de verdade, um jogo que unia valores arcades e de jogos de PC, não podia ser jogado em arcades (por ser longo demais), nem em computadores (por ser baseado em habilidade e reflexo, proporcionada pelo joystick do videogame), poderia ser jogado apenas em um videogame.
Meu comentário não coube no site.
ResponderExcluirhttp://pastebin.com/Z225Nch1
http://pastebin.com/Z225Nch1
http://pastebin.com/Z225Nch1
Vou responder alguns trechos do seu texto. Não concordo sempre com as ideias do Sheridan ou do Felipe. Mas parece que você parece não querer entender o ponto de vista de ambos. Bem, vamos lá.
Excluir[Afirmações como a de que "os jogos tinham que provar o seu valor" soa imbecil por ser evidente. Até mesmo os games amadores de computador passaram pelo crivo de seus consumidores. A parte mais dessa declaração feita por vocês é que a principal característica dos arcades era ser abrangente ao público. Mas perceba que esse mercado pereceu em todas as culturas. Em realidade, o público arcade é que sempre foi nicho, por isso não existe mais. Videogames eram um nicho. Estão deixando de ser agora. E principalmente pela cultura de computadores, a cultura "entrópica.]
Esse ponto aqui você se esquece que os jogos arcades eram orientados para o seu público de massa, tinham que ser populares. Os jogos de PC, como eram orientados para público menores não precisavam ser orintados ao público. O mercado de PC era pequeno, com jogos amadores, no começo do seu surgimento. Por outro lado as empresas japonesas eram todas estruturadas com a ideia de expansão global( sobretudo em solo americano e um pouco do europeu). Basta ver todas as empresas japonesas da época que ainda existem hoje e quantas empresas americanas que fabricavam jogos de computadores ainda existem hoje. Se sua premissa fosse verdadeira as empresas de computadores predominariam as antigas, só consigo lembrar de EA e Trip Hawkins. Enquanto que japonesas da década de oitenta até hoje temos, por baixo, Nintendo, Sega, Capcom, Namco-Bandai, Hudson, Konami, Tecmo, SNK. Nem todas são saudáveis, mas os bons anos da década de oitenta e noventa permitiram as empresas se mantivessem funcionando até os dias de hoje. O que não aconteceu com as empresas de jogos de computadores americanos.
Arcade era nicho? O problema aqui que você tenta aplicar sua realidade ao panorama global. Mercado de videogame global só veio a existir, de fato, na era do
Playstation, portanto o mercado era ORIENTADO a abastecer mais EUA, JAPÃO, EUROPA. Nessa ordem, sendo EUROPA um distante terceiro lugar. Arcades eram extremamente populares nos EUA e Japão, respectivamente OS MAIORES MERCADOS DE JOGOS DA ÉPOCA. Dessa forma quando se fala que é nicho, vc esconde os maiores mercados e mais importantes onde a cultura arcade se fez presente, viva e lucrativa até quase mais da metade da década de noventa.
O mercado brasileiro, apesar dos esforços hercúleos da gradiente e tec-toy era um mercado nanico e sem importância até a Sony sentar em cima do mercado global e aproveitar suas conexões e tentar abastece-los. Então quando se fala de década de oitenta e noventa, o enfoque é quase que exclusivamente em Japão e EUA. A sega, inclusive, começa abastecer mais eficientemwnrw o mercado europeu como uma saída de competir com a nintendo e o NES.
O mercado de arcade, quando os jogos de arcades começaram a apelar para nichos e só lançar os mesmo estilo a exaustão, foi aí que o mercado entrou em declínio. Outro ponto foi que a popularidade do arcade foi abalada também pelos videogames que já conseguiam reproduzir com fidelidade, a maioria dos jogos dos arcades. Ou seja, duas frentes; a tentativa de sofisticação dos jogos arcades e canabalização pelos consoles mais potentes; acabaram por findar na derrocada dos fliperamas.
Sua premissa de que os arcades não eram populares está incorreta, pois os arcades eram populares nos maiores mercados, portanto onde interessava e dava lucro. Segundo, sua premissa que os jogos de computadores eram orientados para as massas está incorreta, pelo fracassos dos sistemas como Comedore e outros, assim como muitas empresas da época de ouro dos computadores que investiam em jogos para computadores deixaram de existir completamente.
A segunda parte escrevo na terça.
Ah sim, seus achismos sobre a história do videogame são incorretos.
ExcluirRecomendo vc ler de The Ultimate Hystory of Videogame e Trigger Happy, na minha opinião os melhores livros sobre o tema.
Essa versão do texto ficou mais completa:
ResponderExcluirhttp://pastebin.com/Qas32BAu
http://pastebin.com/Qas32BAu
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Mais um comentário:
ResponderExcluirhttp://pastebin.com/Pe3e0hS3
http://pastebin.com/Pe3e0hS3
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Parte 1
ResponderExcluir"Tanto é mentira que os arcades agradavam às "massas", que elas passaram a substituí-los pelos videogames."
Mas talvez seja exatamente por isso que o arcades pararam de existir, não porque é uma coisa de nicho, mas porque inicialmente os videogames tinham o intuito de ser máquinas para "jogar jogos de arcade em casa", ou seja, o videogame é uma evolução do arcade. Os arcades não morrerem, falando cruamente eles evoluíram para videogames, foi canibalizado por eles. Por que jogar Street Fighter ou Mortal Kombat nos arcades se você podia jogar no seu SNES e Genesis? Por que jogar Donkey Kong e Mario bros nos arcades se você podia jogá-los no seu NES? Por que jogar Pong e Space Invaders nos arcades se você podia jogá-los no seu Atari 2600? Enfim, você entendeu..
"E os games que se espelham nessa forma não fazem sucesso hoje em dia."
Fazem sucesso hoje em dia sim, eles não são mais tão populares como antes, mas não porque eles perderem seu valor perante ao público e sim porque as PRÓPRIAS produtoras pararam de fazer jogos com esses valores porque acharam (sem embasamento algum) que ninguém mais queria jogá-los. A Nintendo não parou de fazer Mario 2D pra fazer Mario 3D porque o mercado exigiu, ela parou porque simplesmente achou que tinha que inovar. Tanto é verdade que vemos hoje jogos como New Super Mario Bros do DS e Wii, Mario Kart, Wii Sports, entre outros, estando entre os mais vendidos da geração.
Eles fazem sucesso hoje em dia assim como faziam antigamente, a diferença é que as produtoras não querem fazer esse tipo de jogo.
"Esse é o motivo da palavra "inovação" fazer parte do vocabulário de todos os hardcores. A vontade é de se ter coisas novas, não melhores. E por isso os games apelam para histórias, textos e filmes que se intercalam com o ato de jogar."
No meu modo de ver essa é uma visão errada da situação. Isso são, como você mesmo disse, o que os HARDCORES acham, o que hardcores, a mídia especializada em games e usuários de fóruns pensam não estão coerentes com a realidade, se estivesse o Wii seria o console menos vendido de todos os tempos, jogos como Wii Sports e Wii Fit seriam a destruição dos games, jogos como Okami, No More heroes, Muramasa seriam os mais vendidos do Wii. Entre milhares de outros exemplos.
"A narrativa é um destes fins que o público anseia"
É como eu disse acima, que público anseia isso? Apenas os hardcores, se você for ver, esses jogos cinematográficos focados em 'narrativa' não estão entre os mais vendidos, em vez disso você jogos com os valores arcades (valores que citei por mim no post anterior), como New Mario, Mario Kart, Wii Sports, COD (multiplayer, COD não vende pelo SP), Just Dance, etc..
Parte 2
ResponderExcluir"Errado. Nem o segundo Zelda foi arcade. Se o jogo demanda tempo, pronto: deixou de ser arcade. O que você quer fazer é pincelar certas características para identificar alguma coisa. A argumento de habilidades e reflexo ≠ de jogos de desktop é horrível."
Eu quis dizer que Zelda possui coração arcade, ele possui a jogabilidade estilo arcade, assim como Super Mario Brother, Metroid, Kid Icarus, etc. São jogos que que possuem a jogabilidade estilo arcade, mas que por serem feitos para o videogame (como eu disse antes, "a evolução dos arcades") puderam ter características que fugissem dos limites impostos pelos arcades (como demandar tempo por exemplo). Mas o coração do jogo, o estilo da jogabilidade arcade está lá.
É claro que você pode citar vários jogos de PC com esse tipo de jogabilidade, mas isso não quer dizer que os valores dos jogos de PCs sejam esses, afinal, os jogos mais vendidos e populares dos PCs são jogos com esses valores? Não (tirando FPS, claro). O que define o tipo os valores de um jogo de PC são os valores vistos nos principais jogos do sistema. É óbvio que tem todo tipo de jogo para PCs.
Assim como uma empresa pode lançar um jogo com jogabilidade e valores de um jogo de PC em um arcade, mas não são esses valores que vão definir um jogo de arcade, afinal os principais jogos arcade são os jogos com os valores que eu citei.
A minha definição pega as características dos principais jogos dos arcades.
Pode ter um jogo do estilo Super Mario, Metroid ou Zelda para PC? Com certeza, mas não ficaria tão perfeito como se fosse jogado em um videogame (que foi feito inicialmente para se jogar jogos de arcade em casa) e muito provavelmente nem faria o mesmo sucesso, assim como um RTS pode ser lançado para videogame (como foi o caso em várias ocasiões), porém não seria o lugar ideal para se jogar e nem faria o mesmo sucesso comparado à sua versão PC.
Os principais (mais populares) jogos de arcade são jogos são caracterizados por serem jogos com mais ênfase na habilidade e reflexo, os principais jogos de PC são caracterizados por serem mais cerebrais, baseados em texto, história, etc. Isso não quer dizer que seja impossível ser lançado jogos baseados em reflexo e habilidade para PC, e jogos mais cerebrais para arcades. Só não fariam o muito sucesso e não se destacariam muito.
A minha opinião é a seguinte: quando a Nintendo segue sua filosofia que a definiu através de vários jogos (Mario, Zelda, Metroid, Mario Kart, Star Fox, jogos de esporte do NES, etc), ou seja, a jogabilidade estilo arcade, ela tem vendas altíssimas e se torna mais popular, quando ela para de seguir esse ponto de vista, seus consoles e jogos geralmente tem desempenho bem abaixo do esperado e são criados estigmas e preconceitos contra ela.
No mais, boa discussão. =)
"O Gabriel afirma que os jogos de micro eram todos mais "lógicos" e se utilizam menos de "reflexos" - ele, e vocês, perceptivelmente não fazem noção do catálogo de jogos antigos de computador."
ResponderExcluirNão foi isso que eu quis dizer. Eu realmente não duvido que tenham muitos jogos que utilizam esses valores.
Mas como fazer para definir os valores de um sistema? Na minha visão, você pega os jogos que o marcaram, os jogos que o definiram e vê quais são os seus valores.
Os principais jogos dos arcades possuem os valores citados por mim, e pelo que eu vejo, os principais jogos de PC utilizam valores diferentes dos citados por mim.
Eu não quis dizer que não existam jogos com esses valores no PC.
Outra coisa, é que quando digo que jogos arcades estão entre os mais populares, eu quero dizer (e talvez tenha me expressado mal) que jogos com a "jogabilidade estilo arcade" estão entre os mais populares, jogos que possuem esses valores (que eu citei no meu primeiro post aqui). É o caso de jogos como Super Mario, Zelda, Metroid, Mario Kart, Wii Sports, etc. Vários desses jogos nem podiam ser jogado nos arcades (como Super Mario Bros 3, Zelda 1, Metroid), mas eles possuiam a jogabilidade estilo arcade.
Acredito que muito do mal entendido dessas discussões começaram por causa disso. O certo seria falar que jogos com "jogabilidade estilo arcade" estão entre os mais populares, e não "jogos arcades".
Espero que entenda.
Como eu disse Anonimo, a própria Nintendo promovia The Legend Of Zelda de NES como um jogo os dois mundos (do arcade e dos CRPG do PC)... veja essa foto do Nintendo Fun Club Newsletter, na época de lançamento do jogo:
ResponderExcluirhttp://www.tomheroes.com/images/ebayfunclub.jpg
"This game is so special, we even packed it in gold. What's so different? It has the fast paced action you'd expect from an arcade hit, along with all the depth and advanced role playing of personal computer games. The best of both worlds!"
Como eu disse, Zelda tinha uma "jogabilidade estilo arcade", embora fosse um jogo que não pudesse ser jogado num arcade propriamente dito, mas a alma dele tem muito desse 'mundo'.
Talvez meu último comentário sobre o assunto:
ResponderExcluirhttp://pastebin.com/wa1v0t1L
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Parte 1
ResponderExcluir"Videogames foram um nicho até a chegada do Playstation."
Videogames passaram a vender mundialmente com a chegada do PS1, o NES mal conseguiu entrar na Europa e mesmo assim vendeu mais de 60 milhões de unidades.
Se você pegar as vendas do NES nos EUA, considerar o crescimento populacional, considerar que os jogadores cresceram e tinham mais dinheiro para gastar com seu hobby, as vendas se equivalem. Se o NES fosse nicho e o PS1 não, as vendas do PS1 seriam substancialmente maiores que as do NES nos EUA e Japão (mercados que o NES realmente participou). Não é o caso. O PS1 vendeu muito por participar de vários mercados e o NES nem na Europa conseguiu entrar direito, e mesmo nos EUA ele teve dificuldades legais para entrar.
"O processo de aceitação cultural dos jogos eletrônicos continua acontecendo, primariamente por culpa dos games *simples* de computador e celular."
Só se for esses jogos bobos de celular, pois não sei se podemos afimar que a aceitação de jogos para console dedicado continua acontecendo, pode não ser mais uma coisa de criança como era antigamente, mas com certeza quem joga é esteriotipado como nerd sem vida social, isso pra mim é se tornar menos popular e aceito.
"O modelo arcade perdeu muito da sua essência."
Eu estou falando aqui da "jogabilidade estilo arcade", como já tentei explicar em vários posts. É claro que os arcades em si perderam totalmente mercado.
"Mas perceba que produtos como Kirby, Zelda, Mario Galaxy, Donkey Kong, Paper Mario, Animal Crossing, etc. vendem ninharia. Só o número de vendas, em conjunto, do Call of Duty MW 3 são de 27 milhões."
Esses jogos que você citou NÃO tem "jogabilidade estilo arcade", com exceção de um ou outro (como DKCR e Kirby), mas mesmo assim isso não significa que ter esse estilo de jogabilidade seja confirmação de sucesso absoluto. Seria a mesma coisa que dizer que FPS não tem mais apelos já que The Conduit vendeu pouco quando é só olhar pro lado e ver que COD vendeu 27 milhões. E porque comparar esses jogos que você citou com COD (a maioria nem ao menos possuem jogabilidade estilo arcade), quando você podia comparar COD com New Mario Wii e DS? Com Wii Sports??? Com Mario Kart?? Se for assim eu vou comparar DKCR com um FPS qualquer de segunda e falar que FPS não vende.
"É como você diz, público busca inovação."
QUANDO eu disse isso??? O Público nem sempre busca inovação. O Wii, na minha visão, não vendeu apenas por causa de inovação.
"No Wii os softwares mais vendidos sempre tem cara de exercício físico. Esse não foi o mote utilizado pela empresa?"
Tira Wii Fit e não vai ter NENHUM jogo de exercício físico entre os 15 mais vendidos do Wii.
"E motion controller não é sinônimo de jogos melhores."
Cara, aonde eu disse que motion controller é sinônimo de jogos melhores?
Parte 2
ResponderExcluir"Os leigos também se interessam por gráficos, histórias, cutscenes - é um erro você pensar que não. A indústria especializada bombardeia as pessoas a todo momento com estes conceitos."
Como você pode afirmar isso?? Eu posso afirmar que não pelo fato de os jogos com essas características não tem vendas de massa (como New Mario e Wii Sports tem), tem vendas pequenas, vendas que são em grande parte devido a hardcores e user de fóruns que compram tudo o que a mídia estipula como AAA. Ou você acha que a massa e os leigos entram em site como gamerankings, IGN e gamespot?
Se jogos com jogabilidade estilo arcade não fossem chamativos como foram um dia por que New Mario vende 30 milhões? Por que Wii Sports e Wii Sports Resort foram um fenomeno? Por que Mario Kart Wii vendeu 32 milhões? Todos esses jogos possuem a jogabilidade estilo arcade de que eu citei no meu primeiro post.
"Partindo dessa generalização tudo pode ser arcade."
Considero que o jogo tenha jogabilidade estilo arcade quando ele respeita aquelas conceitos apresentados por mim (claro que tem mais características, mas peguei as principais).
"Acho que me fiz claro na maioria dos pontos, e o resto foi especulação barata de ambas as parte."
Ou seja, tudo o que você falou é verdade e o que os outros falaram é especulação barata?? Principalmente no que se refere à "jogos com modelo arcade não tem mais o mesmo apelo hoje em dia"??
Volto a dizer, jogos com jogabilidade estilo arcade possui forte apelo, os jogos mais vendidos da geração estão aí para provar isso. Se não existem mais com tanta frequencia que existiram um dia é porque as produtoras, aparentemente sem MOTIVO ALGUM, começaram a achar que deviam mudar o estilo dos jogos, e não existe pesquisa de mercado perfeita que prove o contrário, você não deve ouvir o que as pessoas falam, mas sim o que as pessoas fazem! Não importa se alguma pesquisa mostra que pessoas querem narrativa no seu jogo, quando na verdade jogos com narrativa tem vendas apenas de nicho enquanto jogos como Wii Sports, Mario 2D e Mario Kart tem vendas de massa.
Sempre que a Nintendo parte pra essa essa filosofia (jogabilidade estilo arcade) ela cresce e se torna mais popular, sempre quando se afasta dela, ela toma surra dos concorrentes, mas segundo você, jogos arcades não tem mais apelos e jogadores se interessam por narrativa...
"Encerro recomendando que leiam menos Sean Malstrom"
ou então você deva ler mais e ver realmente seus argumentos sobre o assunto. Melhor do que ouvir os contos de fadas da mídia especializada (O Wii é um brinquedo! Jogadores querem narrativa e jogos cinematográficos!!) e ratos de fóruns que seguem a risca jogos que tiram mais de 9 no metacritics.
Último post também. Foi boa discussão. Até mais.
Em resposta:
Excluirhttp://pastebin.com/MkX2pCAB
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Parte 1
ResponderExcluir"E por isso que sugeri que usassem o termo "cultura Playstation" e não "cultura arcade" quando se quisesse referir à ideia de expansão demográfica no número de jogadores. Mas não só pelo número de vendas, pela aceitação cultural que os videogames tiveram da maioria da sociedade."
Mas o PS1 obteve vendas maiores não porque foi mais popular, mas porque foi melhor distribuído e foi realmente o primeiro console a vender mundialmente, enquanto o NES mal conseguiu entrar na Europa. Volto a usar meu argumento anterior, compare as vendas dos dois nos EUA e Japão, acrescente a isso o crescimento populacional, considerar que os jogadores cresceram e tinham mais dinheiro para gastar com seu hobby, tirando o fato que jogos de NES tinham problemas com falta de estoque (tem reportagens da época que mostram as pessoas indo em outros estados pra conseguir uma cópia de Super Mario Bros 2 ou Legend of Zelda).
"Assim você fica parecendo os hardcores que dizem que os jogos de Wii são menos jogos pela sua capacidade visual e interativa. Smartphone é só uma plataforma em que jogos podem nascer. É por isso que disse que tanto os hardcores quanto os leigos de hoje consideram o modelo arcade ser menos jogo de verdade. Angry Birds e Tetris são passatempos menores, segundo eles (talvez você)."
O termo "bobo" usado por mim foi realmente errado e desnecessário, mas o que eu quis dizer é que jogos mais 'sofisticado' de consoles não tem maior aceitação do que tinha na época do NES, SNES, GENESIS. O que acontece é que o preconceito mudou, ao invés de ser tido como coisa de criança (como era na geração 8 e 16bits), são tido como coisa de nerd sem vida social. Entre os dois, acho o último uma coisa pior perante a visão da sociedade.
"A maioria das pessoas jogam shmups, luta, plataforma 2D, beat'n up?""
Sim, 30 milhões de pessoas compraram New Super Mario Bros. Isso não é prova suficiente que o mercado anseia por esse tipo de jogo? Isso não é prova suficiente que os jogos de plataforma 2D pararam de existir não porque a demanda desapareceu, mas sim porque as PRODUTORAS pararam de fazer esse tipo de jogo?
Super Mario World vendeu mais de 20 milhões de unidades, por que então a Nintendo o parou de fazer Mario 2D pra fazer Super Mario 64??? Baixas vendas não foram, nem desinteresse das pessoas em jogar esse tipo de jogo.
Mortal Kombat e Street Fighter 4 tiveram ótimas vendas, falar que não são mais populares seria como falar que jogo de basquete não é mais popular. E quanto a Smash Bros? Vendeu mais de 10 milhões no Wii.
Shmups é uma coisa que realmente morreu, mas isso é prova o suficiente que as pessoas não tem mais interesse em jogabilidade estilo arcade? Seria a mesma coisa que falar que FPS Onrails vende mal, então as pessoas não tem interesse em FPS.
É o que eu disse, jogos como New Mario, Mario Kart, Wii Sports, Smash Bros, Just Dance, DKC provam que o publico anseia SIM por jogabiliade estilo arcade e que esse tipo de jogo tem muito lugar no mercado. Não importa quantos jogos você me mostrar que não venderam, porque senão eu poderia escolher 5 FPS que vendem mal e falar que o público não gosta de FPS. Ou pegar 5 RPG que vendem mal e falar que o público não anseia por Skyrim.
"Me contrapus ao seu argumento de que modelo arcade fazia sucesso por si só"
OPA, pera lá, aonde eu disse isso? Eu disse que o publico anseava por jogos com esses valores, não disse que é SÓ ter esses valores que o jogo será um sucesso.
Não sei se você se referindo ao que as outras pessoas do site disseram, mas eu nunca disse isso.
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ResponderExcluir"Resorts vendeu 20 milhões de cópias porque subentende ao público que fará bom uso do Motion Controller, não porque é uma série de mini-jogos parecidos com arcade."
Ou será que é porque o público está cansado desse tipo de jogo cinematográfico focado em narrativa e quer uma diversão como antigamente? Wii Sport é praticamente um remake dos jogos de esporte da Nintendo para o NES, inclusive as pistas de golf são as mesma pros dois jogos.
Eu suspeito que o Wii vendeu praticamente por conta disso, não por causa de 'casuais' que não entendem de games ou porque foi um modinha, mas sim porque o público está cansado desse tipo de jogo cinematográfico focado em narrativa, gráficos e etc.
"Mario Kart não vendeu só porque era jogo de corrida. Fez-se interessante por ser da Nintendo e usar o motion controller de forma interessante, tendo até um periférico próprio."
Ora, mas como então o Mario Kart DS vendeu mais de 20 milhões de unidades sem usar o motion controller e ter periférico próprio? Será que a explicação mais óbvia não seria aceitar que as pessoas anseiam por jogos com os valores arcade?
"Mentira e você sabe disso. O hardware foi desde o começo alardeado como um entretenimento saudável. A existência do Wii Fit corrobora comigo, é até dos hardwares (e softwares) mais bem vendidos."
Mentira como? Isso são DADOS, fora o Wii Fit o jogo de exercícios físicos do Wii mais vendido está na 19 posição, o Zumba Fitness.
E será que o Wii Fit não possui valores arcade? É bem próximo na minha visão.
"Aliás, é uma generalização enorme afirmar que a maioria dos compradores do Wii são público novo - que nunca tiveram videogames ou são leigos. E você tem sustentado seus argumentos sobre este castelo de cartas."
Mas eu nem acredito nisso.
Pra mim o Wii teve vendas fortíssima para jogadores que, assim como eu, sentem falta dos valores dos jogos de antes.
Pra mim o Wii foi um sucesso exatamente por ser uma ALTERNATIVA aos consoles HD, enquanto a maioria das empresas acha que o que o público quer são jogos cinematográficos focados em narrativa e que mais se parecem filmes [como os consoles HD são sustentado pelas thirds, você só vai encontrar jogos de aventura com esses valores no Xbox e PS3, tirando obviamente, jogos de esporte, corrida, luta (que são basicamente jogos com jogabilidade estilo arcade, diga-se de passagem)], o Wii apresentou uma alternativa a essa visão, mostrou que seu videogame teria outro foco, que não é simplesmente a inovação do controle, mas sim em apresentar jogos com valores que foram esquecidos pela maioria das empresas, jogos que fizeram sucesso no passado e pararam de ser produzidos sem uma razão lógica para isso.
Eu nem acho que essa foi a real intenção da Nintendo (reviver jogos com esses valores), mas foi o que aconteceu, na minha opinião.
Não que as pessoas (principalmente os leigos) vejam Wii Sports ou algum jogo de Wii e pensem "nossa, esse jogo tem jogabilidade estilo arcade, vou comprar!", mas elas sentem que esse jogo foi feito pra elas, exatamente por excluir menos os jogadores e ser mais chamativa, afinal, como eu disse na minha lista de valores: são jogos FÁCEIS de jogar, mas díficeis de dominar.
"Zelda nunca foi arcade, ponto."
Zelda não tem jogabilidade estilo arcade?
Não se encaixa nos pontos apresentados? Você viu a Nintendo Fun Club que eu coloquei em um dos posts? A própria Nintendo publicava o jogo como metade arcade e CRPG.
Que ele não daria certo em um arcade é óbvio, mas ele tem a jogabilidade estilo arcade. Foi realmente um jogo de videogame, ruim de ser jogado em um PC, difícil de funcionar em uma máquina arcade. Mas que ele possui a jogabilidade estilo arcade é um fato.
"Deixei claro desde o princípio que especular o mercado atual de jogos não me interessava."
Temos objetivos diferentes então, pra mim isso interessa demais haha. Mas tudo bem, respeito o que pensa, pelos menos não houve nenhum tipo de desrespeito. Acho que já deu de discussão.
Não entendo o problema em agradar a um nicho de mercado, os que gostam de jogos cinematográficos deixe que os compre.
ResponderExcluirSe você agrada sempre as massas algum publico pode ficar a desejar. Uma analogia boba, mas que explica isso é: Por que não temos programas sobre jogos na televisão aberta? Simples, por que nas grandes emissoras eles são obrigados a trabalhar com os milhões de espectadores. Enquanto na internet você pode garantir seu sustento com alguns milhares de espectadores.
Quanto as desenvolvedoras terem parado sem motivo aparente de produzir jogos arcade acredito que seja porque assim eles tenham mais liberdade para trabalhar (podem trabalhar com mais gêneros diferentes, estilos de narrativa e etc).
Como é dito, a cultura de nicho pode existir em menor escala dentro da cultura de massa, pois a cultura de nicho tem natureza auto-destrutiva. Se ela for o foco, ela leva toda a indústria para a destruição
ExcluirAs emissoras de TV não são bons exemplos pois elas são concessões públicas, não é como abrir uma empresa qualquer e produzir um produto